Ex-primeira-ministra de Bangladesh é condenada à morte por crimes contra a humanidade
A Justiça de Bangladesh condenou nesta segunda-feira (17) a ex-primeira-ministra Sheikh Hasina à morte, depois que ela foi declarada culpada...
https://www.diariosobralense.com/2025/11/ex-primeira-ministra-de-bangladesh-e.html
A Justiça de Bangladesh condenou nesta segunda-feira (17) a ex-primeira-ministra Sheikh Hasina à morte, depois que ela foi declarada culpada de ordenar a repressão dos distúrbios que provocaram sua queda em 2024.
2 Nasa busca novas alternativas para pousar na Lua após atrasos da SpaceX
3 Vaticano conclui que Maria não é corredentora com Jesus
A condenação ocorre a três meses das próximas eleições legislativas, e o clima de tensão nas ruas levou as forças de segurança a reforçar o patrulhamento em torno do tribunal e de pontos estratégicos de Daca. Organizações internacionais já haviam expressado preocupação com a condução dos julgamentos, sobretudo por terem ocorrido sem a presença da ex-primeira-ministra e em meio a denúncias de perseguição política desde que o governo provisório assumiu o poder após sua queda.
Apesar da sentença, especialistas consideram improvável que a Índia aceite extraditar Hasina no curto prazo, o que prolonga o impasse político em um país que tenta reorganizar suas instituições às vésperas da eleição.
Fonte: Correio Braziliense
Com informações da Agência France-Presse*
![]() |
| (crédito: Indranil MUKHERJEE / AFP) |
A ex-primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, foi condenada à morte nesta segunda-feira (17/11) pelo Tribunal Internacional de Crimes de Daca, que a declarou culpada de ordenar a repressão aos protestos estudantis que antecederam sua queda, em 2024. Ao menos 1,4 mil pessoas morreram, a maioria civis, segundo estimativas de organismos internacionais ligados à ONU.
Hasina, 78 anos, foi julgada à revelia porque fugiu de helicóptero para a Índia em agosto do ano passado, após semanas de confrontos que paralisaram o país. O veredito, anunciado pelo juiz Golam Mortuza Mozumder, afirma que o tribunal identificou todos os elementos de crimes contra a humanidade, incluindo a ordem direta de ataques coordenados contra manifestantes, uso de força letal e operações com drones e helicópteros militares durante os distúrbios.
Hasina, 78 anos, foi julgada à revelia porque fugiu de helicóptero para a Índia em agosto do ano passado, após semanas de confrontos que paralisaram o país. O veredito, anunciado pelo juiz Golam Mortuza Mozumder, afirma que o tribunal identificou todos os elementos de crimes contra a humanidade, incluindo a ordem direta de ataques coordenados contra manifestantes, uso de força letal e operações com drones e helicópteros militares durante os distúrbios.
Receba notícias do Diário Sobralense no Facebook, Instagram,Threads e X, e fique por dentro de tudo!
A sentença de 453 páginas também responsabiliza antigos aliados de governo e condena membros do antigo gabinete, entre eles o ex-ministro do Interior Asaduzzaman Khan. Hasina governou Bangladesh por 15 anos e foi uma das líderes mais influentes da história recente do país, mas desde o colapso de seu governo vive no exílio e afirma que todos os processos têm motivação política.
Em comunicado divulgado por seus assessores à Agência France-Presse, ela afirmou que o julgamento é conduzido por “um tribunal manipulado, criado por um governo sem mandato democrático”, e classificou a decisão como uma tentativa de eliminar sua presença da vida pública.
Em comunicado divulgado por seus assessores à Agência France-Presse, ela afirmou que o julgamento é conduzido por “um tribunal manipulado, criado por um governo sem mandato democrático”, e classificou a decisão como uma tentativa de eliminar sua presença da vida pública.
Leia também:
A condenação ocorre a três meses das próximas eleições legislativas, e o clima de tensão nas ruas levou as forças de segurança a reforçar o patrulhamento em torno do tribunal e de pontos estratégicos de Daca. Organizações internacionais já haviam expressado preocupação com a condução dos julgamentos, sobretudo por terem ocorrido sem a presença da ex-primeira-ministra e em meio a denúncias de perseguição política desde que o governo provisório assumiu o poder após sua queda.
Apesar da sentença, especialistas consideram improvável que a Índia aceite extraditar Hasina no curto prazo, o que prolonga o impasse político em um país que tenta reorganizar suas instituições às vésperas da eleição.
Fonte: Correio Braziliense




