Nasa busca novas alternativas para pousar na Lua após atrasos da SpaceX
Atualmente, a SpaceX detém um contrato de US$ 2,9 bilhões para adaptar sua nave Starship como módulo lunar da missão. Reprodução A indústria...
https://www.diariosobralense.com/2025/11/nasa-busca-novas-alternativas-para.html
Atualmente, a SpaceX detém um contrato de US$ 2,9 bilhões para adaptar sua nave Starship como módulo lunar da missão.
A indústria espacial norte-americana foi abalada após o administrador interino da Nasa, Sean Duffy, sugerir que a SpaceX, de Elon Musk, pode ser retirada dos planos da agência para o próximo pouso lunar. Desde então, empresas concorrentes começaram a desenvolver propostas alternativas para a missão Artemis III, prevista para meados de 2027.
Atualmente, a SpaceX detém um contrato de US$ 2,9 bilhões para adaptar sua nave Starship como módulo lunar da missão. No entanto, atrasos recorrentes, explosões em testes e problemas técnicos têm colocado em dúvida a capacidade da empresa de cumprir o cronograma. A Nasa também enfrenta pressão da China, que pretende levar seus astronautas à Lua até 2030, o que torna a disputa uma questão de segurança nacional, segundo Duffy.
Em resposta, a agência pediu à SpaceX e à Blue Origin, de Jeff Bezos, que apresentassem planos para acelerar seus cronogramas, além de abrir espaço para novas propostas da iniciativa privada. O chamado formal deve ser emitido assim que a paralisação do governo dos EUA for encerrada.
Concorrentes se mobilizam
Entre as alternativas, a Blue Origin planeja propor um novo design do módulo Blue Moon, combinando recursos de seus modelos de carga e tripulado, o que poderia reduzir o número de lançamentos necessários e eliminar etapas complexas de reabastecimento em órbita.
A Lockheed Martin, por sua vez, avalia criar um módulo de pouso de dois estágios usando peças reaproveitadas da cápsula Orion, desenvolvida para a Nasa. A empresa defende que essa estratégia poderia encurtar prazos e reduzir riscos, já que se baseia em tecnologias comprovadas.
Outras companhias, como Firefly Aerospace e Northrop Grumman, afirmaram estar prontas para colaborar, mas não confirmaram se enviarão propostas formais.
Starship: poder e desafios
A Starship, considerada o foguete mais potente já construído, completou 11 voos de teste, demonstrando avanços em reutilização de propulsores e operações orbitais. A SpaceX afirma ter concluído 49 marcos de desenvolvimento e cumpre a maioria das metas contratuais.
Apesar disso, falhas explosivas e a ausência de testes cruciais como o reabastecimento em voo, nunca tentado antes em naves espaciais levantam dúvidas sobre a viabilidade do projeto no prazo exigido.
Ex-diretores da Nasa, como Doug Loverro, acreditam que a Starship não estará pronta antes de 2030, reforçando a necessidade de um plano alternativo.
Custo e estratégia
A Nasa vê a Starship como a opção mais barata, já que a SpaceX financia 90% dos custos de desenvolvimento. Ainda assim, analistas alertam que qualquer mudança drástica de estratégia poderia aumentar gastos e atrasar ainda mais o cronograma da missão Artemis III.
Com o orçamento limitado e a política espacial dos EUA voltada à competição com a China, o desafio da Nasa é equilibrar velocidade, custo e viabilidade técnica.
Mais que uma corrida
Enquanto alguns defendem acelerar o pouso para garantir “a primeira bandeira” no polo sul lunar, outros lembram que o objetivo maior do programa Artemis é estabelecer uma presença permanente na Lua.
Como destacou a própria SpaceX, a Starship seria “um elemento central” para criar infraestrutura lunar de longo prazo, capaz de transportar 100 toneladas de carga por viagem e abrir caminho para futuras missões a Marte.
Fonte: CNN Brasil
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| Reprodução |
A indústria espacial norte-americana foi abalada após o administrador interino da Nasa, Sean Duffy, sugerir que a SpaceX, de Elon Musk, pode ser retirada dos planos da agência para o próximo pouso lunar. Desde então, empresas concorrentes começaram a desenvolver propostas alternativas para a missão Artemis III, prevista para meados de 2027.
Atualmente, a SpaceX detém um contrato de US$ 2,9 bilhões para adaptar sua nave Starship como módulo lunar da missão. No entanto, atrasos recorrentes, explosões em testes e problemas técnicos têm colocado em dúvida a capacidade da empresa de cumprir o cronograma. A Nasa também enfrenta pressão da China, que pretende levar seus astronautas à Lua até 2030, o que torna a disputa uma questão de segurança nacional, segundo Duffy.
Em resposta, a agência pediu à SpaceX e à Blue Origin, de Jeff Bezos, que apresentassem planos para acelerar seus cronogramas, além de abrir espaço para novas propostas da iniciativa privada. O chamado formal deve ser emitido assim que a paralisação do governo dos EUA for encerrada.
Concorrentes se mobilizam
Entre as alternativas, a Blue Origin planeja propor um novo design do módulo Blue Moon, combinando recursos de seus modelos de carga e tripulado, o que poderia reduzir o número de lançamentos necessários e eliminar etapas complexas de reabastecimento em órbita.
A Lockheed Martin, por sua vez, avalia criar um módulo de pouso de dois estágios usando peças reaproveitadas da cápsula Orion, desenvolvida para a Nasa. A empresa defende que essa estratégia poderia encurtar prazos e reduzir riscos, já que se baseia em tecnologias comprovadas.
Outras companhias, como Firefly Aerospace e Northrop Grumman, afirmaram estar prontas para colaborar, mas não confirmaram se enviarão propostas formais.
Starship: poder e desafios
A Starship, considerada o foguete mais potente já construído, completou 11 voos de teste, demonstrando avanços em reutilização de propulsores e operações orbitais. A SpaceX afirma ter concluído 49 marcos de desenvolvimento e cumpre a maioria das metas contratuais.
Apesar disso, falhas explosivas e a ausência de testes cruciais como o reabastecimento em voo, nunca tentado antes em naves espaciais levantam dúvidas sobre a viabilidade do projeto no prazo exigido.
Ex-diretores da Nasa, como Doug Loverro, acreditam que a Starship não estará pronta antes de 2030, reforçando a necessidade de um plano alternativo.
Custo e estratégia
A Nasa vê a Starship como a opção mais barata, já que a SpaceX financia 90% dos custos de desenvolvimento. Ainda assim, analistas alertam que qualquer mudança drástica de estratégia poderia aumentar gastos e atrasar ainda mais o cronograma da missão Artemis III.
Com o orçamento limitado e a política espacial dos EUA voltada à competição com a China, o desafio da Nasa é equilibrar velocidade, custo e viabilidade técnica.
Mais que uma corrida
Enquanto alguns defendem acelerar o pouso para garantir “a primeira bandeira” no polo sul lunar, outros lembram que o objetivo maior do programa Artemis é estabelecer uma presença permanente na Lua.
Como destacou a própria SpaceX, a Starship seria “um elemento central” para criar infraestrutura lunar de longo prazo, capaz de transportar 100 toneladas de carga por viagem e abrir caminho para futuras missões a Marte.
Fonte: CNN Brasil
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