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Fortaleza continua com maior inflação do País

A inflação em Fortaleza subiu novamente em junho, em continuidade ao movimento de altas sucessivas e ascendentes observadas desde janeir...

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A inflação em Fortaleza subiu novamente em junho, em continuidade ao movimento de altas sucessivas e ascendentes observadas desde janeiro, embora de forma mais moderada que em maio. Em relação ao mês imediatamente anterior (0,51%), o IPCA-15 da Capital – índice que mede a prévia da inflação oficial do País –, registrou 0,28% neste mês, saindo da segunda para a maior taxa registrada no País, enquanto que a média nacional avançou 0,06%. Com isso, o acumulado do ano, até junho, registra avanço de 3,33%, continuando com a maior variação acumulada do País, vindo a ficar, também, acima da média nacional, de 2,33%. O índice foi divulgado, ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No período de janeiro a junho, considerando as categorias que mais subiram, em Fortaleza, estão tubérculos, raízes e legumes, com 31,43% – com destaque para cenoura (71,58%), tomate (33,28%) e batata inglesa (26,11%); frutas (13,32%) – categoria impactada, principalmente, pelas altas de banana prata (31,21%) e melancia (29,94%) –; cuidados e higiene pessoais (ambos com 11,9%); e cereais, leguminosas e oleaginosas (8,24%) – categoria impactada pela disparada dos feijões carioca (65,31%) e mulatinho (33,79%). Já entre as menores variações, estão transporte público (3,99%) – impulsionado pelos reajustes das tarifas de ônibus urbano da Capital (5,12%), enquanto houve queda em passagem aérea (-13,32%) –; alimentação no domicílio (3,95%); serviços de saúde (3,92%); artigos de limpeza (3,65%); produtos farmacêuticos e óticos (3,57%) entre outros.

Entre as principais contribuições para a elevação do índice acumulado, em 12 meses, terminados em junho (4,14%) – considerando o fator peso na composição do índice –, estão alimentação e bebidas (4,97%); e alimentação no domicílio (5,31%). Enquanto isso, os transportes subiram 2,13% – sendo transporte público (4,97%) e veículo próprio (3,18%) –, com destaque para passagem aérea (10,8%), ônibus urbano (5,12%), intermunicipal (7,44%) e interestadual (1,41%). No grupo habitação (5,48%), destacam-se os reajustes médio das taxas de água e esgoto (15,84%) e aluguel e taxas (7,57%).

Comportamento
De maio para junho, o grupo hortaliças e verduras apresentou a maior elevação mensal, de 4,78%, com destaque para o cheiro verde (5,61%). Ainda entre as principais altas estão joias e bijuterias (4,23%); leite e derivados (2,19%) – impulsionado pelo encarecimento do leite longa vida (5,31%) –; e energia elétrica residencial (2,04%). O grupo alimentação, essencial nos lares brasileiros, avançou na passagem mensal, seguindo o comportamento observado em março (1,32%). Segundo o IBGE, houve elevação de 0,09% na Capital, sendo que a alimentação em casa atingiu -0,14%.

Por outro lado, o grupo tubérculos, raízes e legumes registrou a maior queda, com -10,27%, com destaque para as quedas em batata inglesa (-15,89%) e tomate (-14,79%); seguido por frutas (-2,51%) – especialmente pelas reduções observadas em maracujá (-15,91%) e goiaba (-10,6%); eletrodomésticos e equipamentos (-2%) e açúcares e derivados (-1,57%). Em seguida, entre as menores retrações, estão os grupos pescados (-1,36%); cereais, leguminosas e oleaginosas (-1,2%) – cujos destaques foram os feijões carioca (-14,62%) e mulatinho (-10,43%) –; artigos de residência (-0,85%); e calçados e acessórios (-0,8%). Por subitens, na passagem mensal, destacam-se, entre as maiores elevações, na capital cearense, as altas de passagem aérea (20,95%), artigo e maquiagem (12,2%), ônibus intermunicipal (7,44%) e cenoura (6,49%). Por outro lado, segundo o IBGE, as maiores retrações, no período analisado, foram registradas em itens como maracujá (-15,91%), batata inglesa (-15,89%), tomate (-14,79%), feijão carioca (-14,62%), goiaba (-10,6%) e feijão mulatinho (-10,43%).

Brasil: preço dos alimentos deu espaço para desaceleração
No País, o IPCA-15 teve alta de 0,06% em junho, frente a maio, enquanto no acumulado de 12 meses, a inflação fechou em 3,84%. O centro da meta oficial de 2019 é de 4,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Pelo segundo mês consecutivo, o preço dos alimentos deu espaço para a desaceleração da inflação.

Além da deflação dos alimentos (-0,64%) ajudar a desacelerar o índice, a paralisação dos caminhoneiros começa a deixar de exercer influência no cálculo em 12 meses. Isso porque os efeitos do movimento nos preços ocorreram nos meses seguintes à parada e, na formação atual do indicador acumulado, o mês junho de 2018 não é mais contabilizado. Em relação à deflação dos alimentos, a alta do preço do feijão-carioca (percebida no começo do ano) vem se diluindo. A queda do produto neste mês chegou a 14,99% e foi seguida pela do tomate, de 13,43%. Leite longa vida e carnes tiveram crescimento de 2,80% e 0,64%, respectivamente.

Embora o avanço dos preços tenha sido tímido na prévia de junho, quase beirando a estabilidade, só o segmento dos alimentos puxou o índice para baixo. As maiores altas ficaram com saúde e cuidados especiais (0,58%) e habitação (0,52%). No caso da habitação, o maior impacto veio da energia elétrica, que subiu 0,64% neste mês, e já havia apresentado alta de 0,72% em maio. No grupo dos transportes, a prévia dos preços desacelerou. O motivo disso foi a queda de 0,67% dos combustíveis, que no mês passado avançaram 3,30%. As passagens aéreas, porém, apresentaram alta de 18,98% no período analisado.

Fonte: O ESTADO

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