Mulher com gaze esquecida no intestino morre no penúltimo dia do ano
Camila Carvalho, 39 anos, estava internada desde novembro. Ela teria sofrido lesão no intestino por causa de gaze deixada após cirurgia Créd...
https://www.diariosobralense.com/2022/12/mulher-com-gaze-esquecida-no-intestino.html
Camila Carvalho, 39 anos, estava internada desde novembro. Ela teria sofrido lesão no intestino por causa de gaze deixada após cirurgia
Créditos: Metrópoles
Reprodução |
A mulher que teve uma gaze esquecida dentro de seu corpo após cirurgia realizada em outubro deste ano, Camila Carvalho Cabral, 39 anos, morreu nessa sexta-feira (30/12), antevéspera de Ano-Novo.
Segundo a mãe da vítima, Claudia de Carvalho Vieira da Silva, 55, a causa da morte foi por insuficiência múltipla de órgãos, choque séptico e complicação em cirurgia de histerectomia.
Camila morreu no Hospital Regional de Samambaia (HRSam). A cirurgia que retirou o útero da paciente foi realizada em 15 de outubro, no Hospital Daher do Lago Sul. Ela recebeu alta em 16/10, mas poucos dias depois, logo após a retirada dos pontos em 4 de novembro, a mulher começou a passar mal.
“Era uma pessoa muito alegre. Muito sorridente. Cheia de vida e batalhadora. Uma guerreira que ficou 50 dias lutando pela vida dentro de uma UTI”, disse Cláudia.
Em 15 de dezembro, durante entrevista ao Metrópoles, a mãe da vítima disse que o estado da filha era grave. Ela estava internada há 38 dias, em coma induzido, sob cuidados na unidade de terapia intensiva (UTI) do HRSam.
“Ela nunca chegou a sair do coma induzido. Não temos nem palavras. Estamos todos sem chão. A minha filha faleceu no dia do meu aniversário. Estou muito triste. Não tem nem como expressar”, lamentou a mãe.
Até a última atualização deste texto, o velório e sepultamento de Camila ainda não haviam sido agendados.
Infecção
Camila foi internada no HRSam em novembro. Os médicos fizeram a assepsia na paciente, mas após dois dias na enfermaria, os médicos viram que a barriga da mulher estava muito inchada.
“Ela foi para o centro cirúrgico em 9 de novembro. Abriram o abdômen. Ela estava cheia de fezes. Limparam tudo. Aí descobriram que o intestino dela estava perfurado e encontraram uma compressa de gaze dentro dela”, contou.
Desde a internação, Camila passou por quatro cirurgias para a limpeza. A família registrou boletim de ocorrência na 10ª Delegacia de Polícia (PCDF). O caso é investigado como possível erro médico e lesão corporal culposa.
Segundo a mãe da vítima, Claudia de Carvalho Vieira da Silva, 55, a causa da morte foi por insuficiência múltipla de órgãos, choque séptico e complicação em cirurgia de histerectomia.
Camila morreu no Hospital Regional de Samambaia (HRSam). A cirurgia que retirou o útero da paciente foi realizada em 15 de outubro, no Hospital Daher do Lago Sul. Ela recebeu alta em 16/10, mas poucos dias depois, logo após a retirada dos pontos em 4 de novembro, a mulher começou a passar mal.
“Era uma pessoa muito alegre. Muito sorridente. Cheia de vida e batalhadora. Uma guerreira que ficou 50 dias lutando pela vida dentro de uma UTI”, disse Cláudia.
Em 15 de dezembro, durante entrevista ao Metrópoles, a mãe da vítima disse que o estado da filha era grave. Ela estava internada há 38 dias, em coma induzido, sob cuidados na unidade de terapia intensiva (UTI) do HRSam.
“Ela nunca chegou a sair do coma induzido. Não temos nem palavras. Estamos todos sem chão. A minha filha faleceu no dia do meu aniversário. Estou muito triste. Não tem nem como expressar”, lamentou a mãe.
Até a última atualização deste texto, o velório e sepultamento de Camila ainda não haviam sido agendados.
Infecção
Camila foi internada no HRSam em novembro. Os médicos fizeram a assepsia na paciente, mas após dois dias na enfermaria, os médicos viram que a barriga da mulher estava muito inchada.
“Ela foi para o centro cirúrgico em 9 de novembro. Abriram o abdômen. Ela estava cheia de fezes. Limparam tudo. Aí descobriram que o intestino dela estava perfurado e encontraram uma compressa de gaze dentro dela”, contou.
Desde a internação, Camila passou por quatro cirurgias para a limpeza. A família registrou boletim de ocorrência na 10ª Delegacia de Polícia (PCDF). O caso é investigado como possível erro médico e lesão corporal culposa.
Veja também:
“Agora, não é só mais uma complicação. Eu perdi a minha filha. Estamos responsabilizando a equipe médica que realizou a cirurgia e esqueceu uma gaze dentro dela. Ninguém nunca se pronunciou em nada. Queremos Justiça e que o culpado seja responsabilizado”, desabafou.
Daher
O Metrópoles entrou em contato com o Daher sobre o caso. O hospital enviou nota informando que paciente deixou a unidade em boas condições e sem queixas ou sinais de intercorrências. Segundo o comunicado, o hospital abriu uma sindicância interna, mas não foi encontrado qualquer registro de problema.
A instituição também declarou estar a disposição da Secretaria de Saúde e das autoridades competentes para qualquer esclarecimento.
Leia a nota completa:
A referida paciente foi submetida à intervenção cirúrgica no Hospital Daher no dia 15 de outubro de 2022 e recebeu alta no dia 16 de outubro de 2022, em boas condições clínicas, sem queixas e ou sinais de intercorrências.
Tivemos notícia extraoficial de admissão da paciente em outro nosocômio, 23 dias após o procedimento cirúrgico inicial, por complicação tardia, onde continuou o tratamento.
Instituímos sindicância interna na qual o prontuário e documentos médicos foram analisados e não foi encontrado registro de qualquer intercorrência.
Toda a documentação foi colocada à disposição da Vigilância Sanitária e Secretaria de Saúde do Distrito Federal, bem como continuam disponíveis aos órgãos de fiscalização pertinentes, para demais esclarecimentos ou eventuais perícias que se fizerem necessárias.
Hospital Daher Lago Sul
“Agora, não é só mais uma complicação. Eu perdi a minha filha. Estamos responsabilizando a equipe médica que realizou a cirurgia e esqueceu uma gaze dentro dela. Ninguém nunca se pronunciou em nada. Queremos Justiça e que o culpado seja responsabilizado”, desabafou.
Daher
O Metrópoles entrou em contato com o Daher sobre o caso. O hospital enviou nota informando que paciente deixou a unidade em boas condições e sem queixas ou sinais de intercorrências. Segundo o comunicado, o hospital abriu uma sindicância interna, mas não foi encontrado qualquer registro de problema.
A instituição também declarou estar a disposição da Secretaria de Saúde e das autoridades competentes para qualquer esclarecimento.
Leia a nota completa:
A referida paciente foi submetida à intervenção cirúrgica no Hospital Daher no dia 15 de outubro de 2022 e recebeu alta no dia 16 de outubro de 2022, em boas condições clínicas, sem queixas e ou sinais de intercorrências.
Tivemos notícia extraoficial de admissão da paciente em outro nosocômio, 23 dias após o procedimento cirúrgico inicial, por complicação tardia, onde continuou o tratamento.
Instituímos sindicância interna na qual o prontuário e documentos médicos foram analisados e não foi encontrado registro de qualquer intercorrência.
Toda a documentação foi colocada à disposição da Vigilância Sanitária e Secretaria de Saúde do Distrito Federal, bem como continuam disponíveis aos órgãos de fiscalização pertinentes, para demais esclarecimentos ou eventuais perícias que se fizerem necessárias.
Hospital Daher Lago Sul