Curiosidade: afinal, os peixes dormem?
Saiba um pouco mais sobre esses animais tão diferentes dos humanos Não faltam curiosidades sobre o estilo de vida dos peixes. Graciosos, ele...
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Saiba um pouco mais sobre esses animais tão diferentes dos humanos
Não faltam curiosidades sobre o estilo de vida dos peixes. Graciosos, eles são seres biologicamente muito diferentes dos humanos.
Em um bate-papo com o Metrópoles, o biólogo especialista em comportamento animal, Eduardo Bessa, respondeu algumas dúvidas bem inusitadas, como, por exemplo: os peixes dormem?
“A definição de sono para os humanos está ligada ao fechar dos olhos e um determinado padrão das atividades do neocórtex, a camada superficial do cérebro. Mas se pensarmos assim, então os peixes não dormem. Pois eles não têm neocórtex nem pálpebra. É necessário entender que o ‘universo’ dos peixinhos é diferente do nosso.”
De acordo com Bessa, eles se “desligam” do ambiente e alguns até se deixam tocar com a mão quando estão dormindo. Algumas espécies são mais ativas durante o dia, como o peixinho dourado de aquário, e outras são mais vibrantes à noite, como o peixe-espada e o peixe-morcego. Existem ainda espécies que nunca dormem, pois vivem migrando ou estão sempre em grandes cardumes, como os atuns e as sardinhas.
Outra dúvida que chama atenção é se existe a possibilidade de os peixes morrerem afogados no momento em que se “desligam”. “Isso seria pouco provável, pois os peixinhos respiram por brânquias, órgãos absolutamente bem-adaptados à obtenção de oxigênio debaixo da água”, diz o biólogo.
Não faltam curiosidades sobre o estilo de vida dos peixes. Graciosos, eles são seres biologicamente muito diferentes dos humanos.
Foto: Reprodução |
Em um bate-papo com o Metrópoles, o biólogo especialista em comportamento animal, Eduardo Bessa, respondeu algumas dúvidas bem inusitadas, como, por exemplo: os peixes dormem?
Para o especialista, o momento de descanso dos peixinhos é bem diferente do repouso dos humanos. No entanto, também envolve uma resposta comportamental de inatividade, onde eles têm as respostas sensoriais reduzidas, ou seja, ficam mais imóveis, não tendo uma percepção muito grande do ambiente.
“A definição de sono para os humanos está ligada ao fechar dos olhos e um determinado padrão das atividades do neocórtex, a camada superficial do cérebro. Mas se pensarmos assim, então os peixes não dormem. Pois eles não têm neocórtex nem pálpebra. É necessário entender que o ‘universo’ dos peixinhos é diferente do nosso.”
De acordo com Bessa, eles se “desligam” do ambiente e alguns até se deixam tocar com a mão quando estão dormindo. Algumas espécies são mais ativas durante o dia, como o peixinho dourado de aquário, e outras são mais vibrantes à noite, como o peixe-espada e o peixe-morcego. Existem ainda espécies que nunca dormem, pois vivem migrando ou estão sempre em grandes cardumes, como os atuns e as sardinhas.
Outra dúvida que chama atenção é se existe a possibilidade de os peixes morrerem afogados no momento em que se “desligam”. “Isso seria pouco provável, pois os peixinhos respiram por brânquias, órgãos absolutamente bem-adaptados à obtenção de oxigênio debaixo da água”, diz o biólogo.
Segundo o especialista, existem ainda os peixes que têm uma respiração “acessória”, ou seja, eles precisam de uma respiração extra fora da água, e se não tiverem acesso a esse complemento de oxigênio podem morrer sufocados.
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“Há várias espécies de peixes de água doce que vivem em ambientes com pouco oxigênio na água, então eles precisam de uma respiração complementar. Os peixinhos bettas são um exemplo. Eles capturam oxigênio do ar atmosférico pelo epitélio oral, a ‘pele’ que reveste a boca.”
“Há várias espécies de peixes de água doce que vivem em ambientes com pouco oxigênio na água, então eles precisam de uma respiração complementar. Os peixinhos bettas são um exemplo. Eles capturam oxigênio do ar atmosférico pelo epitélio oral, a ‘pele’ que reveste a boca.”
“É importante ressaltar que os peixes são animais biologicamente muito diferentes de nós. Assim, eles dormem, mas dormem de modo diferente, sentem frio de um jeito diferente, sentem dor de outra maneira. Um desafio de estudá-los está em entrar nesse mundo tão diferente do nosso”, finaliza o especialista.
Fonte: Metrópoles