Empatia: Desenvolvendo conexões mais humanas
Ensinamentos encontrados desde o Egito até à Grécia, de Roma à China, ilustram, com exemplos, a importância da empatia para a humanidade. Po...
https://www.diariosobralense.com/2021/12/empatia-desenvolvendo-conexoes-mais.html
Ensinamentos encontrados desde o Egito até à Grécia, de Roma à China, ilustram, com exemplos, a importância da empatia para a humanidade.
Por Erika Kalvelage e Tiago Grandi.
A empatia é a arte das relações humanas. Somos todos diferentes, mas ao lembrarmos o ideal de fraternidade universal, que nos liga uns aos outros à unidade, entendemos que, a empatia não se trata apenas de se colocar no lugar do outro, mas de nos conectarmos com o outro. A reflexão grega “conhece-te a ti mesmo”, inscrita no templo de Delfos, em homenagem a Apolo, é um convite ao autoconhecimento que pode ser feito através da convivência com o outro.
Por Erika Kalvelage e Tiago Grandi.
A empatia é a arte das relações humanas. Somos todos diferentes, mas ao lembrarmos o ideal de fraternidade universal, que nos liga uns aos outros à unidade, entendemos que, a empatia não se trata apenas de se colocar no lugar do outro, mas de nos conectarmos com o outro. A reflexão grega “conhece-te a ti mesmo”, inscrita no templo de Delfos, em homenagem a Apolo, é um convite ao autoconhecimento que pode ser feito através da convivência com o outro.
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| Foto: Reprodução |
A convivência é um desafio por trazer atritos devido a formas diferentes de pensar. Buscar entender e conviver com a dor do outro ajuda a nos compreendermos e a compreender o outro. Dores internas podem bloquear esse acesso. Para ter essa sensibilidade da empatia um passo imprescindível é o fortalecimento psicológico interior, é preciso escutarmos o nosso coração, como ensinavam os egípcios.
Em nossas relações precisamos buscar a unidade. Principalmente nestes tempos de crise pelos quais estamos passando. Precisamos de fortaleza para poder lidar com a dor do outro. Caso contrário, seremos indiferentes por medo do sofrimento alheio.
Sentir compaixão pelo outro é o que nos possibilita ajudar de verdade, ajudar com a alma e não de forma mecânica. A frieza e a indiferença são a negação do humano.
Platão falava que um bom médico precisava passar por várias doenças para entender seus pacientes. Seja medicina ou em qualquer profissão, se faz necessária a prática de se conectar com o outro por meio do exercício da empatia. Nossas vivências, experiências, investigações, imaginação e reflexões podem nos outorgar a capacidade de aproximar do outro e entender seu momento.
Para ter relações mais humanas, há que ter coragem de entrar em contato com o desconhecido, que nos possibilita crescimento e evolução. Aprender com pontos de vista diferentes, e buscar a unidade nesses encontros e conexões.
Os Jogos Olímpicos ilustram bem isso: o espírito olímpico é a ideia de entregar o seu melhor, sem se fechar no seu mundo, perceber que existem outros ao seu lado, partilhando do mesmo esforço; cada um doando o que há de melhor dentro de si, permitindo viver o verdadeiro sentido da palavra ‘competir’ que é ir junto, ir em direção ao mesmo lugar.
Ter empatia não é só perceber o esforço e a dor do outro, mas o motor interno que move cada um em busca do seu melhor. Por isso, lembrar esse espírito olímpico no dia a dia é buscar estar junto com todos que estamos convivendo no seu esforço para entregar o seu melhor em cada coisa que faz.
As relações humanas requerem amor, concórdia. Ainda que precisemos discutir as diferenças, isso pode ser feito de uma forma boa e respeitosa. Há coisas que dependem de nós e outras que não dependem de nós, como falava os estoicos. Então, não podemos esperar que o outro seja empático, cortês ou que tenha outras boas posturas para que possamos fazer o mesmo. Dar o primeiro passo depende de nós.
Nova Acrópole tem como um de seus princípios a Fraternidade Universal. Está presente nos cinco continentes com as escolas de filosofia reunindo pessoas de diferentes etnias, crenças e classes sociais. Aprendemos e fazemos coisas juntos com ideias que nos unem; compartilhamento um mesmo sentimento de que é possível um mundo novo e melhor.
Nova Acrópole é esta experiência, esse laboratório que nos permite se relacionar frente a essas diferenças que temos por sermos únicos, mas tendo um Ideal superior que une. Que o valor da unidade seja um valor presente em cada um de nós, que cada pessoa possa dar passos comprometidos com todos os demais seres humanos para construirmos um mundo mais justo, mais belo e mais verdadeiro.
*Palestra integrante da programação da Semana da Filosofia 2021
Sentir compaixão pelo outro é o que nos possibilita ajudar de verdade, ajudar com a alma e não de forma mecânica. A frieza e a indiferença são a negação do humano.
Platão falava que um bom médico precisava passar por várias doenças para entender seus pacientes. Seja medicina ou em qualquer profissão, se faz necessária a prática de se conectar com o outro por meio do exercício da empatia. Nossas vivências, experiências, investigações, imaginação e reflexões podem nos outorgar a capacidade de aproximar do outro e entender seu momento.
Para ter relações mais humanas, há que ter coragem de entrar em contato com o desconhecido, que nos possibilita crescimento e evolução. Aprender com pontos de vista diferentes, e buscar a unidade nesses encontros e conexões.
Os Jogos Olímpicos ilustram bem isso: o espírito olímpico é a ideia de entregar o seu melhor, sem se fechar no seu mundo, perceber que existem outros ao seu lado, partilhando do mesmo esforço; cada um doando o que há de melhor dentro de si, permitindo viver o verdadeiro sentido da palavra ‘competir’ que é ir junto, ir em direção ao mesmo lugar.
Ter empatia não é só perceber o esforço e a dor do outro, mas o motor interno que move cada um em busca do seu melhor. Por isso, lembrar esse espírito olímpico no dia a dia é buscar estar junto com todos que estamos convivendo no seu esforço para entregar o seu melhor em cada coisa que faz.
As relações humanas requerem amor, concórdia. Ainda que precisemos discutir as diferenças, isso pode ser feito de uma forma boa e respeitosa. Há coisas que dependem de nós e outras que não dependem de nós, como falava os estoicos. Então, não podemos esperar que o outro seja empático, cortês ou que tenha outras boas posturas para que possamos fazer o mesmo. Dar o primeiro passo depende de nós.
Nova Acrópole tem como um de seus princípios a Fraternidade Universal. Está presente nos cinco continentes com as escolas de filosofia reunindo pessoas de diferentes etnias, crenças e classes sociais. Aprendemos e fazemos coisas juntos com ideias que nos unem; compartilhamento um mesmo sentimento de que é possível um mundo novo e melhor.
Nova Acrópole é esta experiência, esse laboratório que nos permite se relacionar frente a essas diferenças que temos por sermos únicos, mas tendo um Ideal superior que une. Que o valor da unidade seja um valor presente em cada um de nós, que cada pessoa possa dar passos comprometidos com todos os demais seres humanos para construirmos um mundo mais justo, mais belo e mais verdadeiro.
*Palestra integrante da programação da Semana da Filosofia 2021
