Sheherazade critica operação no RJ e a classifica como “desastrosa”
Jornalista se pronunciou em vídeo postado no Instagram Foto: Reprodução/YouTube Rachel Sheherazade A jornalista Rachel Sheherazade se pronu...
https://www.diariosobralense.com/2025/10/sheherazade-critica-operacao-no-rj-e.html
Jornalista se pronunciou em vídeo postado no Instagram
A jornalista Rachel Sheherazade se pronunciou nas redes sociais, nesta terça-feira (28), sobre a megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, que até o momento já alcançou 64 mortos, incluindo quatro policiais. Em um vídeo publicado no Instagram, ela classificou a ação como “desastrosa” e criticou a comemoração de parte da população diante do número de mortes.
– Eu não estou entendendo por que algumas pessoas estão comemorando essa desastrosa operação policial no Rio de Janeiro que terminou com a morte de 64 pessoas. A polícia entrou nos complexos do Alemão e da Penha para cumprir 100 mandados de prisão, não para cometer 60 execuções – disse.
Sheherazade questionou a versão oficial do governo do Rio de Janeiro, que afirmou que os mortos eram criminosos, e contestou o direito do Estado de usar força letal de forma indiscriminada.
– Os 60 mortos pelo governo do Rio hoje, não tem como a gente colocá-los todos na vala comum do crime. Seria até fácil justificar para algumas pessoas, mas são 60 criminosos mesmo? E que crimes eles cometeram? Se cometeram esses crimes, foram julgados, condenados pela Justiça? E ainda que fossem julgados e condenados, onde é que está escrito na lei brasileira que o Estado tem o direito de matar pessoas? – indagou.
A jornalista também criticou o que chamou de “execução sumária de seres humanos”, afirmando que, para parte da sociedade, “pouco importa” se entre os mortos havia um estudante, uma dona de casa ou um trabalhador.
– Não interessa a identidade, não interessa a ficha criminal, nem interessa a história dessas pessoas. Elas não têm nome, elas não têm rosto e, principalmente, elas não têm dinheiro. São favelados, pretos, pardos, desafortunados, desempregados, subempregados, marginalizados. Essa gente já tem uns montes. Morrendo muitos, ainda assim, não farão falta. Assim pensam alguns – disse.
Sheherazade completou o vídeo dizendo que o policial também seria uma vítima, sendo usado como “bucha de canhão”.
– O policial aprende a odiar a favela de onde veio e não o sistema que aprisiona ele e o traficante na mesma pobreza. O policial é o bucha de canhão. É o cidadão transformado em carrasco matador pelo governo que não tem peito pra encarar a criminalidade de frente – finalizou.
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| Foto: Reprodução/YouTube Rachel Sheherazade |
A jornalista Rachel Sheherazade se pronunciou nas redes sociais, nesta terça-feira (28), sobre a megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, que até o momento já alcançou 64 mortos, incluindo quatro policiais. Em um vídeo publicado no Instagram, ela classificou a ação como “desastrosa” e criticou a comemoração de parte da população diante do número de mortes.
– Eu não estou entendendo por que algumas pessoas estão comemorando essa desastrosa operação policial no Rio de Janeiro que terminou com a morte de 64 pessoas. A polícia entrou nos complexos do Alemão e da Penha para cumprir 100 mandados de prisão, não para cometer 60 execuções – disse.
Sheherazade questionou a versão oficial do governo do Rio de Janeiro, que afirmou que os mortos eram criminosos, e contestou o direito do Estado de usar força letal de forma indiscriminada.
– Os 60 mortos pelo governo do Rio hoje, não tem como a gente colocá-los todos na vala comum do crime. Seria até fácil justificar para algumas pessoas, mas são 60 criminosos mesmo? E que crimes eles cometeram? Se cometeram esses crimes, foram julgados, condenados pela Justiça? E ainda que fossem julgados e condenados, onde é que está escrito na lei brasileira que o Estado tem o direito de matar pessoas? – indagou.
A jornalista também criticou o que chamou de “execução sumária de seres humanos”, afirmando que, para parte da sociedade, “pouco importa” se entre os mortos havia um estudante, uma dona de casa ou um trabalhador.
– Não interessa a identidade, não interessa a ficha criminal, nem interessa a história dessas pessoas. Elas não têm nome, elas não têm rosto e, principalmente, elas não têm dinheiro. São favelados, pretos, pardos, desafortunados, desempregados, subempregados, marginalizados. Essa gente já tem uns montes. Morrendo muitos, ainda assim, não farão falta. Assim pensam alguns – disse.
Sheherazade completou o vídeo dizendo que o policial também seria uma vítima, sendo usado como “bucha de canhão”.
– O policial aprende a odiar a favela de onde veio e não o sistema que aprisiona ele e o traficante na mesma pobreza. O policial é o bucha de canhão. É o cidadão transformado em carrasco matador pelo governo que não tem peito pra encarar a criminalidade de frente – finalizou.
Fonte: Pleno News




