Mulher que morreu há 3 meses é mantida "viva" para gestar filho
Uma mulher grávida que teve a morte cerebral confirmada há cerca de três meses vem sendo mantida em suporte vital para permitir o desenvolvi...

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O caso aconteceu no estado da Geórgia, nos Estados Unidos, onde o aborto é proibido após a detecção da atividade cardíaca do feto — o que ocorre por volta da sexta semana de gestação — e, por isso, os médicos decidiram manter os aparelhos ligados.
A mãe de Smith, April Newkirk, disse que a intenção do hospital é manter a gravidez até a 32ª semana, quando haveria maiores chances de sobrevivência do bebê fora do útero.
A mãe de Adriana, em entrevista sobre o caso, disse que a família quer o bebê, mas defende que deveria ter sido oportunizada a eles a possibilidade de opinar sobre a manutenção da gravidez após a morte de Smith.
– Não tivemos escolha nem direito de decisão sobre isso. Queremos o bebê. Ele faz parte da minha filha. Mas a decisão deveria ter sido nossa, não do Estado – declarou.
April também disse recentemente que a criança foi diagnosticada com fluido no cérebro e que “pode ficar cego”, “não conseguir andar” e “não sobreviver depois de nascer”. No entanto, mesmo diante do prognóstico complicado, os familiares já deram um nome para o bebê: Chance, e manifestaram a esperança de que ele sobreviva.
– Neste momento, a jornada é para que o bebê Chance sobreviva. Seja qual for a condição em que Deus permitir que ele venha para cá, nós o amaremos do mesmo jeito – completou Newkirk.
Após a divulgação do caso, e diante de discussões sobre os limites éticos e legais da manutenção da gravidez, autoridades republicanas da Geórgia afirmaram que a lei estadual antiaborto não exige manter suporte vital em casos de morte cerebral e defenderam que a retirada do suporte não configura aborto.
Um porta-voz da maioria republicana na Câmara estadual, inclusive, disse que a lei “é irrelevante” para o caso, classificando qualquer ligação contrária como distorção da mídia liberal.
Fonte: Pleno News