Exercícios moderados podem reduzir risco de câncer, aponta estudo | Diário Sobralense News

Exercícios moderados podem reduzir risco de câncer, aponta estudo

Mais do que nunca, está na hora de abandonar o sedentarismo e começar a se mexer para prevenir doenças Foto: Reprodução Quando os profission...

Mais do que nunca, está na hora de abandonar o sedentarismo e começar a se mexer para prevenir doenças

Foto: Reprodução

Quando os profissionais da área da saúde dizem que o sedentarismo é perigoso, deveríamos ouvi-los e aceitar suas recomendações. Fazer exercícios moderados regularmente traz enormes benefícios à saúde, desde o bem-estar que se sente logo após terminar os exercícios até a prevenção de doenças a longo prazo, como o câncer.

Ao menos, é isso que aponta um novo estudo que analisou a incidência de câncer e os hábitos de atividade física de quase 600 mil homens e mulheres norte-americanos, em todos os estados e no distrito de Columbia.

Nesse novo estudo, que foi publicado em outubro na Medicine & Science in Sports & Exercise, os pesquisadores da Sociedade Americana do Câncer e da Universidade Emory, em Atlanta, usaram um tiposofisticado de análise estatística, chamada “PAF”, para medir a ligação entre câncer e inatividade.

O que é PAF?

PAF é a sigla em inglês para “fração atribuível à população”. É uma fórmula matemática para os cientistas estimarem quantas ocorrências de uma doença ou respostas a medicamentos e outras reações biológicas terão em uma população.

Essa fórmula pode dizer, por exemplo, quantos casos anuais de câncer de cólon podem ser atribuídos ao fumo, ao álcool, aos alimentos gordurosos ou a excessos em geral.

Como foi feito o estudo?

Para calcular o PAF de câncer resultante de inatividade, os cientistas inicialmente extraíram dados anônimos do banco de dados de Estatísticas do Câncer dos EUA. Eles usaram informações sobre casos, nacionalmente e por estado, para todos os americanos com 20 anos ou mais, entre 2013 e 2016.

A equipe se concentrou tanto no total de casos de câncer quanto em sete tipos de câncer que, em estudos anteriores, estavam intimamente ligados em parte à atividade (ou inatividade), que são tumores de estômago, rim, esôfago, cólon, bexiga, mama e endometrial.

Em seguida, eles verificaram quanto os adultos americanos afirmam exercitar-se, com base em mais de meio milhão de respostas fornecidas a duas grandes pesquisas nacionais. Ambas haviam questionado os voluntários de que forma e com que frequência se exercitavam.

Os pesquisadores extraíram respostas de adultos em todos os estados e as agruparam, com base no fato de as pessoas atenderem ou não às recomendações da Sociedade Americana do Câncer para atividade física. Essas diretrizes preconizam, idealmente, 300 minutos (5 horas) de exercícios moderados, como uma caminhada rápida, a cada semana para reduzir o risco de câncer.

Finalmente, os pesquisadores ajustaram essas estatísticas para a massa corporal e outros fatores, reuniram dados adicionais sobre os riscos de câncer e conectaram todos os números em uma equação, que então resultou no PAF para casos de câncer ligados à inatividade. Esse número acabou sendo 46.356, ou cerca de 3% do total de casos de câncer anual (excluindo os casos de câncer de pele não melanoma).

Estudo complementar

E se você precisa de mais estudos para mudar de opinião, uma revisão de 2016, no JAMA Internal Medicine, concluiu que os riscos para pelo menos 13 tipos de câncer, incluindo de mama, bexiga, sangue e reto, caem substancialmente se as pessoas forem fisicamente ativas. Um relatório separado, de 2019, calculou que essas reduções poderiam chegar a 69%

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