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Covid-19 pode ser mais grave em homens

Cientistas estudam possível relação entre hormônios sexuais e casos graves da doença Redação iBahia Um ano após o início da pandemia da covi...

Cientistas estudam possível relação entre hormônios sexuais e casos graves da doença

Redação iBahia

Um ano após o início da pandemia da covid-19, as estáticas reforçam que a infecção é realmente grave. No primeiro semestre de 2020, muitos achavam que apenas idosos e pessoas com comorbidades poderiam ter casos sintomáticos ou graves da doença, o que não é mais uma realidade em 2021.

Foto: Reprodução

 Em letalidade da doença, os índices globais revelam que o vírus mata mais homens do que mulheres. Uma pesquisa publicada na revista científica Frontiers in Public Health estima que, para os homens, a chance de óbito seja duas vezes maior do que no caso de mulheres infectadas. A plataforma Global Health 50/50, que reúne dados internacionais, também aponta para a taxa de mortalidade desproporcional entre pessoas conforme o gênero. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, 58% dos óbitos por covid-19 são de pacientes do sexo masculino.

De acordo com especialistas e pesquisadores da área, as taxas de mortalidade podem estar relacionadas a componentes biológicos, estilo de vida e caráter infeccioso da doença. Pesquisas recentes também apontam associação com outras condições, como o chamado “fator protetivo do estrogênio”.

Cientistas observaram que, em alguns casos, o hormônio inibe a produção de angiotensina 2, reduzindo a suscetibilidade de agravamento da infecção em mulheres. Isso não vale, no entanto, para as mulheres após a menopausa que não fizeram reposição hormonal, ou seja, não seria determinante no que diz respeito aos óbitos após esta fase.

Em todo caso, o papel do hormônio na resistência à covid-19 segue como um dos focos de atenção da classe científica. Em Nova York, nos EUA, equipes de saúde trabalham com doses de estrogênio em estudos e ensaios preliminares sobre a doença e, em Los Angeles, um hospital prepara um estudo com outro hormônio feminino, a progesterona.

Outro fator que tem sido estudado por pesquisadores do Brasil e do mundo são os níveis de testosterona em pacientes infectados pelo novo coronavírus. De acordo com o médico integrativo Jorge Valente, já existem dados que indicam relação entre baixos níveis de testosterona, resposta imunológica e sintomas severos da doença, levantando uma questão: homens com níveis hormonais baixos que testam positivo para coronavírus poderiam melhorar o prognóstico com tratamento hormonal?

“O que se sabe é que pacientes idosos, pacientes com doenças cardiovasculares e/ou com comorbidades, como diabetes e obesidade, que normalmente apresentam níveis mais baixos de testosterona, podem ter impactos mais devastadores da doença, tanto no que diz respeito a internamento e intubação quanto nas sequelas pós-recuperação, o que acende um debate importante sobre o potencial de estratégias terapêuticas com reposição hormonal”, observa o médico.

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