Objeto voador é visto em diversas cidades do Ceará; especialistas explicam elemento | Diário Sobralense News

Objeto voador é visto em diversas cidades do Ceará; especialistas explicam elemento

Redes de monitoramento apontam que objeto visto pode ser corpo de um foguete francês. Um elemento voador brilhante foi observado em várias c...


Redes de monitoramento apontam que objeto visto pode ser corpo de um foguete francês.
Um elemento voador brilhante foi observado em várias cidades cearenses, como Camocim e Itapipoca, na noite de terça-feira (16). Vídeos do céu desses municípios mostram a 'bola de fogo' sob diferentes pontos de vista.

Especialistas ouvidos pelo Diário do Nordeste afirmam que se trata de lixo espacial, que reentrou na atmosfera da Terra. O elemento também pôde ser visto do Pará, conforme a Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon).

De acordo com Ednardo Rodrigues, professor de Astronomia da Universidade Federal do Ceará (UFC), o material espacial artificial entrou em compressão logo após reentrar na atmosfera terrestre.

"Os objetos ao entrarem na nossa atmosfera sofrem um grande aumento de pressão e temperatura, e se desintregam", explica sobre o aspecto de 'bola de fogo'.

Marcelo Zurita, diretor-técnico da Bramon, afirma que, provavelmente, o objeto é o corpo do foguete francês Ariane 44 L, que foi lançado em julho de 1992 a partir do Centro Espacial Guyanais, na Guiana Francesa.

"Corpos de foguetes sempre têm reentradas mais intensas e longas, como a que foi vista ontem", argumenta.

Identificação

A identificação desses objetos é possível pelo monitoramento de órgãos internacionais e observadores de satélites. O corpo do Ariane 44L foi observado pela última vez na última quinta-feira (11).

Zurita comenta que, a cada passagem observada de um objeto, a posição e o horário exato são medidos e permitem o cálculo dos parâmetros orbitais do satélite. "Com esses parâmetros, podemos calcular onde ele está em cada momento", explica.

O especialista afirma que a reentrada do corpo do foguete estava prevista inicialmente para domingo (14), mas é possível que tenha acontecido somente na terça-feira (16), seguindo a margem de erro dos cálculos.

A reentrada na atmosfera e a perda de altitude, no entanto, alteram os parâmetros orbitais e dificultam a precisão de horário e local específicos da queda.

Os calculistas da Bramon e de outros órgãos estão analisando, desde a noite de terça-feira (16), para confirmar qual parte do foguete foi vista.



(Diário do Nordeste)

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