Agências de fomento de 45 países discutem como ampliar o impacto de pesquisas

Cerca de 50 dirigentes de organizações de fomento à pesquisa de 45 países reuniram-se em São Paulo entre os dias 1º e 3 de maio para discutir políticas de financiamento à ciência e compartilhar experiências no 8º Encontro Anual do Global Research Council (GRC), entidade criada em 2012 para estimular a cooperação entre agências e semear boas práticas de gestão.

Foto: Felipe Maeda

O tema do evento foi o desafio de responder a expectativas crescentes de governos e sociedades em relação aos benefícios econômicos e sociais da pesquisa. E também de lidar com cobranças para que a seleção e a análise dos resultados de projetos científicos sejam orientadas pelo impacto que podem alcançar. Uma declaração de princípios endossada pelos participantes do evento pontua que nenhuma pesquisa é livre de impacto, mas ressalta que os ganhos podem aparecer de várias formas, como o avanço do conhecimento, a formação de profissionais de alto nível e a produção de inovações. O GRC defende a primazia do mérito científico na seleção de projetos. 

De acordo com a declaração, o benefício econômico e social é um critério útil para induzir pesquisa aplicada, mas pode gerar efeitos indesejados se for adotado de modo indiscriminado em ciência básica, evitando, por exemplo, que um pesquisador apresente um projeto de escopo amplo ou arriscado por receio de que ele seja mal avaliado.