Jovem morre dois meses após ser absolvida de homicídio no RS
Damaris Vitória Kremer da Rosa, de 26 anos, ficou presa preventivamente por seis anos e descobriu um câncer de colo do útero em estágio avan...
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Damaris Vitória Kremer da Rosa, de 26 anos, ficou presa preventivamente por seis anos e descobriu um câncer de colo do útero em estágio avançado enquanto estava na cadeia
Absolvida de um crime após seis anos presa preventivamente, Damaris Vitória Kremer da Rosa, de 26 anos, morreu no dia 26 de outubro, em Santa Catarina, em decorrência de um câncer de colo do útero diagnosticado tardiamente.
A mulher havia sido presa em junho de 2019, acusada de participar do assassinato de Daniel Gomes Soveral, ocorrido em novembro de 2018, em Salto do Jacuí (RS). O Ministério Público afirmava que ela teria atraído a vítima, com quem mantinha um relacionamento, até o local onde o crime foi cometido. No julgamento, realizado apenas em agosto deste ano, o júri absolveu Damaris e outro acusado, enquanto Henrique Kauê Gollmann foi condenado como autor do disparo que matou Daniel.
Mas, mesmo inocentada, ela não teve tempo de retomar a vida fora da prisão. Diagnosticada com câncer em estágio avançado em março, ela morreu pouco mais de dois meses após a absolvição. A advogada Rebeca Canabarro, que representava a jovem, afirmou que a morte poderia ter sido evitada se a Justiça tivesse concedido a prisão domiciliar quando os primeiros sintomas surgiram.
"Talvez, se logo no primeiro requerimento pela prisão domiciliar tivesse sido concedido o pleito defensivo e, portanto, a família tivesse tido a oportunidade de realizar os exames necessários, o desfecho dessa história pudesse ter sido diferente", disse a advogada.
Segundo a defesa, desde 2024, Damaris relatava dores intensas no ventre e sangramentos, mas os pedidos de exames foram negados sob o argumento de que não havia comprovação de doença grave.
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| Reprodução |
Absolvida de um crime após seis anos presa preventivamente, Damaris Vitória Kremer da Rosa, de 26 anos, morreu no dia 26 de outubro, em Santa Catarina, em decorrência de um câncer de colo do útero diagnosticado tardiamente.
A mulher havia sido presa em junho de 2019, acusada de participar do assassinato de Daniel Gomes Soveral, ocorrido em novembro de 2018, em Salto do Jacuí (RS). O Ministério Público afirmava que ela teria atraído a vítima, com quem mantinha um relacionamento, até o local onde o crime foi cometido. No julgamento, realizado apenas em agosto deste ano, o júri absolveu Damaris e outro acusado, enquanto Henrique Kauê Gollmann foi condenado como autor do disparo que matou Daniel.
Mas, mesmo inocentada, ela não teve tempo de retomar a vida fora da prisão. Diagnosticada com câncer em estágio avançado em março, ela morreu pouco mais de dois meses após a absolvição. A advogada Rebeca Canabarro, que representava a jovem, afirmou que a morte poderia ter sido evitada se a Justiça tivesse concedido a prisão domiciliar quando os primeiros sintomas surgiram.
"Talvez, se logo no primeiro requerimento pela prisão domiciliar tivesse sido concedido o pleito defensivo e, portanto, a família tivesse tido a oportunidade de realizar os exames necessários, o desfecho dessa história pudesse ter sido diferente", disse a advogada.
Segundo a defesa, desde 2024, Damaris relatava dores intensas no ventre e sangramentos, mas os pedidos de exames foram negados sob o argumento de que não havia comprovação de doença grave.
Os documentos apresentados à Justiça, como receitas médicas e laudos preliminares, foram considerados "insuficientes" para justificar a mudança de regime.
Interna no presídio feminino de Rio Pardo, ela chegou a ser medicada com tramadol para aliviar as dores, mas depois o tratamento foi substituído por analgésicos simples, como dipirona e paracetamol. Somente em março de 2025, após uma consulta ginecológica particular, o câncer foi confirmado.
Com o diagnóstico, a Justiça autorizou a prisão domiciliar, permitindo que a mulher iniciasse tratamento oncológico em hospitais de Santa Cruz do Sul e Rio Pardo. Em abril, ela foi transferida para Balneário Arroio do Silva (SC), onde passou a viver com a mãe e a continuar as sessões de quimio e radioterapia em Criciúma.
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) confirmou que três pedidos de liberdade foram analisados ao longo dos anos. O primeiro, em 2023, e o segundo, em novembro de 2024, foram negados. Apenas em março deste ano, após o diagnóstico de neoplasia maligna do colo do útero, o pedido foi aceito.
Em nota, o TJ-RS informou que não se manifesta sobre decisões jurisdicionais, mas reiterou que as liberações ocorreram conforme as provas apresentadas em cada fase do processo.
Damaris foi sepultada no dia 27 de outubro, no Cemitério Municipal de Araranguá (SC).
Fonte: Correio Braziliense / Com informações da Agência Estado.
Interna no presídio feminino de Rio Pardo, ela chegou a ser medicada com tramadol para aliviar as dores, mas depois o tratamento foi substituído por analgésicos simples, como dipirona e paracetamol. Somente em março de 2025, após uma consulta ginecológica particular, o câncer foi confirmado.
Com o diagnóstico, a Justiça autorizou a prisão domiciliar, permitindo que a mulher iniciasse tratamento oncológico em hospitais de Santa Cruz do Sul e Rio Pardo. Em abril, ela foi transferida para Balneário Arroio do Silva (SC), onde passou a viver com a mãe e a continuar as sessões de quimio e radioterapia em Criciúma.
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) confirmou que três pedidos de liberdade foram analisados ao longo dos anos. O primeiro, em 2023, e o segundo, em novembro de 2024, foram negados. Apenas em março deste ano, após o diagnóstico de neoplasia maligna do colo do útero, o pedido foi aceito.
Em nota, o TJ-RS informou que não se manifesta sobre decisões jurisdicionais, mas reiterou que as liberações ocorreram conforme as provas apresentadas em cada fase do processo.
Damaris foi sepultada no dia 27 de outubro, no Cemitério Municipal de Araranguá (SC).
Fonte: Correio Braziliense / Com informações da Agência Estado.




