Fortaleza registra 23 mil ocorrências em 14 anos: saiba quais bairros lideram os riscos
As informações integram o Observatório de Riscos Climáticos, lançado pela Prefeitura de Fortaleza e apresentado pelo prefeito Evandro Leitão...
https://www.diariosobralense.com/2025/11/fortaleza-registra-23-mil-ocorrencias.html?m=0
As informações integram o Observatório de Riscos Climáticos, lançado pela Prefeitura de Fortaleza e apresentado pelo prefeito Evandro Leitão na COP 30, em Belém.
Com ou sem chuva, bairros de todas as regiões de Fortaleza do Centro às periferias convivem historicamente com riscos de alagamentos, desabamentos, inundações e outros incidentes monitorados pela Defesa Civil. Entre 2012 e julho de 2025, a capital registrou quase 23 mil ocorrências, concentradas sobretudo entre fevereiro e abril, período da quadra chuvosa. Parte desses eventos se repete ano após ano em áreas periféricas; outra parte, em regiões centrais da cidade.
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| Reprodução |
Com ou sem chuva, bairros de todas as regiões de Fortaleza do Centro às periferias convivem historicamente com riscos de alagamentos, desabamentos, inundações e outros incidentes monitorados pela Defesa Civil. Entre 2012 e julho de 2025, a capital registrou quase 23 mil ocorrências, concentradas sobretudo entre fevereiro e abril, período da quadra chuvosa. Parte desses eventos se repete ano após ano em áreas periféricas; outra parte, em regiões centrais da cidade.
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As informações integram o Observatório de Riscos Climáticos, lançado pela Prefeitura de Fortaleza e apresentado pelo prefeito Evandro Leitão na COP 30, em Belém. A plataforma reúne dados sobre dois grandes grupos de riscos:Hidrológicos: alagamentos, deslizamentos, inundações e ameaças relacionadas;
Tecnológicos: desabamentos, explosões, incêndios, solapamentos e situações similares.
Entre todas as notificações, o risco de desabamento é o mais frequente: foram 14.568 registros desde 2012. Somente em 2025, até julho, houve 926 ocorrências. O ano de 2019 marcou o pico da série histórica, com 2.391 notificações período em que o desabamento do Edifício Andrea, no Dionísio Torres, expôs o problema da falta de inspeção predial.
Onde o risco tecnológico mais se concentra
Áreas centrais, como Centro, Jacarecanga e Barra do Ceará, estão entre as mais afetadas por ocorrências tecnológicas um total de mais de 18 mil registros desde 2012. O Centro é o líder absoluto, com mais de mil casos; em seguida, estão Barra do Ceará (527), Aldeota (469), Meireles (460) e Vicente Pinzón (422).
Em 2025, considerando os sete primeiros meses, o ranking das 1.104 notificações é:
Onde a chuva provoca mais danos
Nas periferias, bairros como Barroso, Jangurussu e Genibaú concentram os maiores riscos hidrológicos. Nos quase 14 anos analisados, o Barroso registrou 217 ocorrências do tipo, seguido pelo Jangurussu (189), Genibaú (148), Quintino Cunha (141) e Passaré (134).
Somente em 2025, até julho, foram 287 registros de alagamentos e deslizamentos:
Monitoramento para prever riscos
O Observatório de Riscos Climáticos pretende servir como base para ações preventivas. Com 10 estações meteorológicas espalhadas pela cidade, será possível acompanhar a cada dez minutos o índice pluviométrico por região e antecipar pontos suscetíveis a alagamentos.
O coordenador da Defesa Civil destaca que eventos climáticos súbitos podem afetar bairros inteiros. Por isso, o monitoramento em tempo real é vital para decisões rápidas e elaboração de planos de contingência.
A plataforma, gerida pelo Ipplan com financiamento da Bloomberg Philanthropies, também permite identificar ilhas de calor, que são mais intensas em áreas vulneráveis e com pouca vegetação como o Pirambu.
O presidente do Ipplan, Artur Bruno, afirma que o sistema dará ao Município “argumentos e dados concretos” para criar novas áreas verdes, parques e microparques, além de orientar políticas do Plano Diretor, que inclui diretrizes de meio ambiente e resiliência urbana.
Para a Defesa Civil, o próximo passo é ampliar o número de estações e entender como as ilhas de calor variam em diferentes perfis de área, considerando edificações, altura e relevo.
“Fortaleza, mesmo no litoral, já sente impactos do aumento global de temperatura”, reforça Gondim
Fonte: Diário do Nordeste.
As informações integram o Observatório de Riscos Climáticos, lançado pela Prefeitura de Fortaleza e apresentado pelo prefeito Evandro Leitão na COP 30, em Belém. A plataforma reúne dados sobre dois grandes grupos de riscos:Hidrológicos: alagamentos, deslizamentos, inundações e ameaças relacionadas;
Tecnológicos: desabamentos, explosões, incêndios, solapamentos e situações similares.
Entre todas as notificações, o risco de desabamento é o mais frequente: foram 14.568 registros desde 2012. Somente em 2025, até julho, houve 926 ocorrências. O ano de 2019 marcou o pico da série histórica, com 2.391 notificações período em que o desabamento do Edifício Andrea, no Dionísio Torres, expôs o problema da falta de inspeção predial.
Onde o risco tecnológico mais se concentra
Áreas centrais, como Centro, Jacarecanga e Barra do Ceará, estão entre as mais afetadas por ocorrências tecnológicas um total de mais de 18 mil registros desde 2012. O Centro é o líder absoluto, com mais de mil casos; em seguida, estão Barra do Ceará (527), Aldeota (469), Meireles (460) e Vicente Pinzón (422).
Em 2025, considerando os sete primeiros meses, o ranking das 1.104 notificações é:
Centro -72
Passaré – 34
Aldeota – 32
Meireles – 28
Messejana – 25
Segundo Haroldo Gondim, coordenador da Defesa Civil, cerca de 70% das ocorrências têm relação com edificações. No Centro, o número elevado se explica pelas construções antigas, muitas vezes adaptadas para comércio e sujeitas a problemas elétricos, fiações irregulares e danos estruturais.
Na Aldeota, por outro lado, o grande volume de notificações aponta para um comportamento preventivo de condomínios que realizam inspeções e manutenção com mais frequência.
Gondim reforça que a inspeção predial é a principal ferramenta de prevenção e deve ser tratada como medida essencial à segurança urbana.
Passaré – 34
Aldeota – 32
Meireles – 28
Messejana – 25
Segundo Haroldo Gondim, coordenador da Defesa Civil, cerca de 70% das ocorrências têm relação com edificações. No Centro, o número elevado se explica pelas construções antigas, muitas vezes adaptadas para comércio e sujeitas a problemas elétricos, fiações irregulares e danos estruturais.
Na Aldeota, por outro lado, o grande volume de notificações aponta para um comportamento preventivo de condomínios que realizam inspeções e manutenção com mais frequência.
Gondim reforça que a inspeção predial é a principal ferramenta de prevenção e deve ser tratada como medida essencial à segurança urbana.
Onde a chuva provoca mais danos
Nas periferias, bairros como Barroso, Jangurussu e Genibaú concentram os maiores riscos hidrológicos. Nos quase 14 anos analisados, o Barroso registrou 217 ocorrências do tipo, seguido pelo Jangurussu (189), Genibaú (148), Quintino Cunha (141) e Passaré (134).
Somente em 2025, até julho, foram 287 registros de alagamentos e deslizamentos:
Passaré – 45
Jangurussu – 24
Barroso -19
Conjunto Palmeiras -14
Mondubim -13
A presença dos rios Cocó e Maranguapinho, além de seus canais, somada ao crescimento urbano desordenado e à ocupação de áreas de risco como margens de rios e lagoas secas intensifica os problemas. “Se a ocupação continuar, os alagamentos também continuarão”, alerta Gondim.
Jangurussu – 24
Barroso -19
Conjunto Palmeiras -14
Mondubim -13
A presença dos rios Cocó e Maranguapinho, além de seus canais, somada ao crescimento urbano desordenado e à ocupação de áreas de risco como margens de rios e lagoas secas intensifica os problemas. “Se a ocupação continuar, os alagamentos também continuarão”, alerta Gondim.
Monitoramento para prever riscos
O Observatório de Riscos Climáticos pretende servir como base para ações preventivas. Com 10 estações meteorológicas espalhadas pela cidade, será possível acompanhar a cada dez minutos o índice pluviométrico por região e antecipar pontos suscetíveis a alagamentos.
O coordenador da Defesa Civil destaca que eventos climáticos súbitos podem afetar bairros inteiros. Por isso, o monitoramento em tempo real é vital para decisões rápidas e elaboração de planos de contingência.
A plataforma, gerida pelo Ipplan com financiamento da Bloomberg Philanthropies, também permite identificar ilhas de calor, que são mais intensas em áreas vulneráveis e com pouca vegetação como o Pirambu.
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O presidente do Ipplan, Artur Bruno, afirma que o sistema dará ao Município “argumentos e dados concretos” para criar novas áreas verdes, parques e microparques, além de orientar políticas do Plano Diretor, que inclui diretrizes de meio ambiente e resiliência urbana.
Para a Defesa Civil, o próximo passo é ampliar o número de estações e entender como as ilhas de calor variam em diferentes perfis de área, considerando edificações, altura e relevo.
“Fortaleza, mesmo no litoral, já sente impactos do aumento global de temperatura”, reforça Gondim
Fonte: Diário do Nordeste.




