Criação de búfalos ganha espaço no Ceará e se torna aposta promissora
Embora ainda discreta no cenário agropecuário do Ceará, a bubalinocultura vem se consolidando como uma atividade de alto potencial econômico...

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Embora ainda discreta no cenário agropecuário do Ceará, a bubalinocultura vem se consolidando como uma atividade de alto potencial econômico e de grande valor agregado, impulsionada pela crescente demanda por carne, leite e queijos de búfala, produtos apreciados na gastronomia e reconhecidos pelo perfil mais saudável.
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Reprodução |
Segundo dados do IBGE, o rebanho de búfalos no estado cresceu 19,9% na última década, alcançando 1.763 cabeças em 2024. O avanço, ainda modesto, foi suficiente para o Ceará subir uma posição no ranking nacional, enquanto Paracuru, Pentecoste e Sobral lideram a criação no território cearense.
O professor Kilmer Coelho Campos, da Universidade Federal do Ceará (UFC), explica que o crescimento da atividade é limitado principalmente por fatores culturais e estruturais. “A criação de búfalos não é tradicional no estado. Além disso, os produtores locais estão mais acostumados à bovinocultura e à caprinocultura”, afirma. Ele destaca, no entanto, que o Ceará possui condições climáticas favoráveis e que a atividade pode se tornar rentável com o uso de tecnologias e manejo adequado.
Entre as iniciativas que impulsionam o setor, o projeto de fertilização in vitro (FIV) desenvolvido pela Universidade Estadual do Ceará (Uece) tem se mostrado um avanço importante. O estado tornou-se o quarto do país a registrar nascimentos de búfalos por FIV, técnica que visa aprimorar a genética e produtividade do rebanho.
Em Paracuru, a Fazenda Laguna é referência nacional na bubalinocultura. Com cerca de 570 animais, a propriedade atua há mais de três décadas na produção de queijos artesanais, como burrata e mussarela de búfala, que têm conquistado mercados exigentes. O diretor da fazenda, Marcelo Prado, afirma que o objetivo é dobrar a produção de leite até 2030, alcançando até 5 mil litros diários.
A engenheira agrônoma Patrícia Guimarães Pimentel, da UFC, destaca as vantagens da espécie: “O leite de búfala tem maior teor de proteína, cálcio e gordura saudável, o que garante maior rendimento e qualidade nos derivados. Além disso, os animais são dóceis, resistentes a doenças e se adaptam bem a diferentes regiões do estado.”
Para ela, o maior desafio é o desconhecimento do público e dos produtores sobre os benefícios da criação. “Se houvesse mais divulgação e incentivo, o Ceará poderia se tornar referência regional na produção de derivados de búfala”, ressalta.
Com iniciativas de inovação genética, produção artesanal de qualidade e condições naturais favoráveis, a bubalinocultura cearense caminha para deixar de ser uma curiosidade e se firmar como uma alternativa sustentável e lucrativa para o agronegócio do estado.
O professor Kilmer Coelho Campos, da Universidade Federal do Ceará (UFC), explica que o crescimento da atividade é limitado principalmente por fatores culturais e estruturais. “A criação de búfalos não é tradicional no estado. Além disso, os produtores locais estão mais acostumados à bovinocultura e à caprinocultura”, afirma. Ele destaca, no entanto, que o Ceará possui condições climáticas favoráveis e que a atividade pode se tornar rentável com o uso de tecnologias e manejo adequado.
Entre as iniciativas que impulsionam o setor, o projeto de fertilização in vitro (FIV) desenvolvido pela Universidade Estadual do Ceará (Uece) tem se mostrado um avanço importante. O estado tornou-se o quarto do país a registrar nascimentos de búfalos por FIV, técnica que visa aprimorar a genética e produtividade do rebanho.
Em Paracuru, a Fazenda Laguna é referência nacional na bubalinocultura. Com cerca de 570 animais, a propriedade atua há mais de três décadas na produção de queijos artesanais, como burrata e mussarela de búfala, que têm conquistado mercados exigentes. O diretor da fazenda, Marcelo Prado, afirma que o objetivo é dobrar a produção de leite até 2030, alcançando até 5 mil litros diários.
A engenheira agrônoma Patrícia Guimarães Pimentel, da UFC, destaca as vantagens da espécie: “O leite de búfala tem maior teor de proteína, cálcio e gordura saudável, o que garante maior rendimento e qualidade nos derivados. Além disso, os animais são dóceis, resistentes a doenças e se adaptam bem a diferentes regiões do estado.”
Para ela, o maior desafio é o desconhecimento do público e dos produtores sobre os benefícios da criação. “Se houvesse mais divulgação e incentivo, o Ceará poderia se tornar referência regional na produção de derivados de búfala”, ressalta.
Com iniciativas de inovação genética, produção artesanal de qualidade e condições naturais favoráveis, a bubalinocultura cearense caminha para deixar de ser uma curiosidade e se firmar como uma alternativa sustentável e lucrativa para o agronegócio do estado.
Fonte: Sistema Paraíso