Fortaleza tem 11 casos de leptospirose em 2025 e 25 mil focos de ratos identificados

Fortaleza já registrou 11 casos de leptospirose em 2025. A doença, transmitida principalmente por roedores, tem maior incidência no período ...

Fortaleza já registrou 11 casos de leptospirose em 2025. A doença, transmitida principalmente por roedores, tem maior incidência no período chuvoso

Reprodução

Fortaleza já soma 11 casos confirmados de leptospirose em 2025. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), não houve registro de óbitos neste ano. Em 2024, contudo, foram notificados 38 casos da doença e quatro mortes.

A doença infecciosa ocorre principalmente pelo contato com a urina de animais infectados pela bactéria Leptospira, especialmente roedores. Animais domésticos também podem contrair a doença e atuar como transmissores.

O combate à leptospirose em Fortaleza é realizado pela Célula de Vigilância Ambiental (Cevam), vinculada à Secretaria Municipal da Saúde (SMS).As fiscalizações em imóveis, conforme a pasta, ocorrem durante todo o ano, mas são intensificadas no período chuvoso, especialmente nas áreas com maior incidência de casos. “No período chuvoso, a água da chuva se mistura com o esgoto e carrega a bactéria para todo lado. Nessa época, também aumentam os casos de outras doenças, como as viroses. Então, a pessoa pode achar que está com algo simples, mas pode ser leptospirose, que é uma doença grave e pode levar à morte”, explica Joaquim Neto, gerente da célula da vigilância ambiental e riscos biológicos.

Conforme o gerente, já foram realizadas cerca de 25 mil inspeções em imóveis e pontos da Capital onde foram observados sinais de infestação por roedores.

Em 2024, foram mais de 185 mil ações, contínuas durante todo o ano, especialmente em áreas de maior vulnerabilidade sanitáriaDe 2021 a 2025, segundo a pasta, Fortaleza registrou 163 casos de leptospirose, com 19 óbitos confirmados no período.

Casos e mortes por leptospirose por ano em Fortaleza

2021: 29 casos e 3 óbitos

2022: 45 casos e 7 óbitos

2023: 36 casos e 5 óbitos

2024: 42 casos e 4 óbitos

2025 (até o momento): 11 casos, sem óbitos

Na manhã desta quarta-feira, 23, agentes de combate às endemias realizaram vistorias em imóveis do bairro Mondubim com foco especial na prevenção da leptospirose.

Os agentes verificam nos imóveis sinais da presença de roedores, como fezes e tocas. Também é observado a presença de possíveis esconderijos para roedores, como quintais abandonados, entulho acumulado e objetos como bacias, potes e móveis velhos.

Os profissionais orientaram os moradores sobre o descarte correto de lixo e restos de alimentos e, quando necessário, aplicaram raticidas para controlar a infestação de roedores.

Segundo Francisco Antônio, morador há mais de 20 anos do bairro, a prevenção deve ser uma ação coletiva.“

Sempre coloco o lixo na calçada no dia que o caminhão passa. Na semana, tento manter meu quintal limpo para não atrair esses bichos que passam doenças pra gente. O ideal é que todo mundo fizesse isso também, mas tem muitas pessoas que não ligam para isso”, comenta.

Moradores que identificarem a presença de ratos podem acionar a Vigilância Ambiental pelo número 156 e solicitar uma vistoria. A equipe agenda a visita para avaliação e, se necessário, controle da infestação.

Mercado dos Peixes, na Avenida Beira-Mar, é um dos locais com presença recorrente de roedores em Fortaleza.

Segundo a Célula de Vigilância Ambiental (Cevam), em regiões residenciais, os focos tendem a ocorrer de forma mais aleatória. Um dos locais com presença recorrente é o Mercado dos Peixes, na avenida Beira Mar, Meireles.

“Lá, apesar da coleta [de lixo], há grande movimentação de vísceras e restos de peixe, o que atrai os ratos. Por isso, fazemos o controle químico com frequência nesses locais”, explica o gerente da Cevam, Joaquim Neto.

Região é “um exemplo de ambiente em que a prefeitura atua constantemente por envolver o manuseio de alimentos, o que exige maior rigor sanitário”, conforme a Cevam.

Em janeiro deste ano, antes da quadra chuvosa, a Prefeitura realizou uma ação contra roedores no Mercado dos Peixes. Com a chegada do período chuvoso, as ações de vigilância e controle de roedores são intensificadas em diversos pontos da cidade, incluindo áreas de comércio de alimento, informa a pasta da Saúde.
 
Leptospirose é mais frequente após alagamentos; sintomas aparecem em até 2 semanas

De acordo com a médica infectologista e professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), Lisandra Damasceno, a leptospirose é uma infecção febril aguda que pode evoluir para quadros graves se não for tratada precocemente.

“Em geral, as pessoas, quando têm exposição com a bactéria que fica no ambiente, adoecem em até duas semanas”, explica.

A especialista alerta que a busca por atendimento médico deve ocorrer logo no início dos sintomas, especialmente se houver histórico de exposição em áreas alagadas ou com presença de roedores.

“Quanto mais cedo o paciente for atendido e o caso for suspeitado, mais rápido começa o tratamento com antibiótico, o que reduz as chances de evolução para formas graves da doença”, diz.

Principais sintomas da leptospirose:

Febre alta

Calafrios

Dor no corpo

Dor intensa nas panturrilhas

Olhos amarelados (icterícia)

Hemorragias (em casos graves)A prevenção da leptospirose envolve, principalmente, evitar contato com água contaminada. Em situações inevitáveis, como durante enchentes, use botas impermeáveis. Também mantenha o lixo bem acondicionado para afastar roedores e não consuma água ou alimentos sem higienização adequada.

Fonte- O Povo

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