Indígenas fazem mobilização em frente a presídio na Bahia em defesa de jovem indígena | Diário Sobralense News

Indígenas fazem mobilização em frente a presídio na Bahia em defesa de jovem indígena

Os indígenas defendem a inocência da jovem suspeita de atropelar e matar uma criança de quatro anos Créditos: Edwalcyr Santos / Sistema Para...

Os indígenas defendem a inocência da jovem suspeita de atropelar e matar uma criança de quatro anos

Créditos: Edwalcyr Santos / Sistema Paraíso

Foto: Reprodução/TV Santa Cruz

Indígenas acamparam de frente ao presídio de Itabuna no Estado da Bahia em protesto à prisão de uma jovem indígena de nome Tehiana Gomes de Freitas Pataxó, que foi presa suspeita de atropelar e matar uma criança de quatro anos, identificada como Enzo Gabriel Oliveira dos Santos, na cidade de Itabuna-BA, em 2021. Tehiana Gomes, que não é habilitada, foi condenada a 13 anos de prisão em regime fechado.

O caso ganhou repercussão quando o namorado da jovem, identificado como Renato Santos Rocha, dono do veículo atropelador, que estava do lado de Tehiana no momento do acidente, confessou em depoimento que puxou o volante para desviar de uma moto que seguia na direção contrária e acabou atingindo o garoto que morreu no local. Renato Santos recebeu apenas 2 anos de detenção em regime aberto e a suspensão da habilitação por 2 anos e oito meses.

O fato do namorado da jovem confessar a autoria do crime e conceder o veículo para uma pessoa sem CNH e responder em liberdade com pena inferior à de Tehiana, revoltou os indígenas que realizaram o movimento pedindo à justiça baiana o reconhecimento da inocência da jovem.

De acordo com a União Nacional Indígena, Renato Santos é de família rica, seu pai é dono de frigoríficos, num claro aspecto de dois pesos e duas medidas, comparando as penas recebidas e que a sentença do causador do acidente foi 6 vezes menor que a de Tehiana, indígena Pataxó.

A defesa de Tehiana encaminhou um processo de apelação para que a jovem responda em liberdade e obtenha a anulação da sentença, visto que muitos vícios e erros ocorreram desde o começo do processo, que já foi encaminhado para o Ministério Público Estadual e à Secretaria dos Direitos Humanos do Estado da Bahia.

Os advogados ainda alegam que o delegado do caso, doutor Francesco Denes, demorou 5 dias para ouvir Tehiana Pataxó, o que permitiu que requeresse a sua prisão preventiva como fugitiva.


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