10 maneiras pelas quais o coronavírus mudará sua vida para sempre | Diário Sobralense News

10 maneiras pelas quais o coronavírus mudará sua vida para sempre

O COVID-19 está a varrer o mundo e, ao que tudo indica, a economia mundial entrará em colapso. Este, sem dúvida, é um daqueles momentos no...

O COVID-19 está a varrer o mundo e, ao que tudo indica, a economia mundial entrará em colapso. Este, sem dúvida, é um daqueles momentos nos quais o futuro da humanidade mergulha na incerteza.



Contudo, à medida que mais e mais pessoas se ajustam à vida em quarentena, nos envolvemos em um gigantesco experimento social. Ideias que antes eram apenas fontes de estudos acadêmicos, agora estão sendo postas em ação em escala global.

Serão tempos difíceis — mas também estamos no início de grandes mudanças. Eis algumas delas!

10 — Trabalho em casa

Hoje, trabalhar em casa é uma necessidade. Não há estatísticas concretas sobre quantas pessoas trabalham remotamente em todo o mundo, mas a empresa Cisco disse que, na China, seu software de videoconferência tem tido 22 vezes mais tráfego do que antes do surto.

O mundo está envolvido em um experimento global de trabalho em casa — e vamos ver em primeira mão o quão sustentável é essa atividade.

O trabalho em casa vem sendo estudado há anos, e os resultados são muito positivos. Verificou-se que as pessoas que trabalham em casa tem 16,8 dias a mais de produtividade por ano.

Esses estudos sempre foram divulgados — mas se os empregadores virem os resultados em primeira mão, não haverá como negar que deixar as pessoas continuarem trabalhando em casa depois que a pandemia terminar não os fará sair do negócio.

Isso pode ser incrível para a satisfação de nossa vida. O deslocamento médio para o trabalho aumentou em 20 minutos na última década — e especialistas dizem que esses 20 minutos tem enorme peso na satisfação com o trabalho.

9 —Renda básica universal

Há alguns meses, a renda básica universal parecia um sonho. A ideia de enviar a cada pessoa de um país um cheque mensal, mesmo que ela não fosse trabalhar, estava começando a surgir nas mentes que comandam o mundo — mas, na maioria dos países, não parecia algo que veríamos em breve.

Entretanto, nos próximos meses será uma realidade. O Reino Unido comprometeu-se a pagar 80% dos salários dos seus trabalhadores, enquanto que a Dinamarca se ofereceu para pagar mais de 90%. E até os Estados Unidos estão planejando enviar um cheque de US $ 1.200 para quase todos os americanos adultos.

Nenhum desses planos é exatamente o mesmo que a renda básica universal, mas se aproximam dela. Tais planos serão testes efetivos sobre como essas políticas realmente afetam a sociedade.

É muito cedo para dizer qual será o resultado. A Finlândia tentou a renda básica universal em 2017 e 2018 e concluiu que deixava as pessoas “satisfeitas, mas sem objetivos” , que também pode ser o que encontraremos no resto do mundo. Mas, de um jeito ou de outro, esses debates serão muito menos teóricos quando a pandemia terminar.


8 — Automação

Um dos setores que o COVID-19 mais afetou é a fabricação de produtos. Quem trabalha em uma fábrica está em uma situação difícil. Trabalhar remotamente não é uma opção quando você trabalha com produtos manufaturados.

Mas para as chamadas fábricas “lights out” que são operadas inteiramente por robôs, doenças não são problemas.

As empresas que usam mais automação já estão se saindo melhor do que aquelas que dependem de ajuntar trabalhadores em uma fábrica. Os empresários, é claro, já se deram conta dessa situação. A Caja Robotics, por exemplo, relatou um aumento de 25% de consultas nos últimos 30 dias.

Podemos esperar que muitas empresas manufatureiras se voltem para a automação para sobreviver — e muitas outras empresas de outros setores também.

A China já começou a substituir os motoristas de entrega por drones, e os relatos dizem que as máquinas são mais rápidas e seguras que os trabalhadores humanos.

Eles até experimentaram hospitais robóticos, onde as máquinas medem sua temperatura, entregam suas refeições e desinfetam seu quarto para impedir que os humanos tenham que entrar em contato com alguém portador de uma doença.

Quando essa pandemia terminar, talvez sua vaga no mercado de trabalho seja ocupada por um robô.


7 — Aprendizado online

As escolas estão fechadas em quase todos os países que tiveram u surto de COVID-19 — e isso está empurrando os pais, alunos e professores para uma nova era da educação.

Nos próximos meses, o aprendizado online será a norma. Não importa o quão qualificado seja o seu professor, ele terá que aprender a tornar a educação digital.

Com base nas reações iniciais, é improvável que vejamos a adoção generalizada da educação online quando isso acabar. O feedback dos professores, até agora, tem sido quase universalmente negativo.

O principal problema é que o aprendizado online cria desvantagens. Crianças cujos pais não têm tempo para coordenar a sua educação ficarão atrasadas; aquelas que não tem acesso à Internet serão quase que completamente excluídas da oportunidade de educar-se.


6 — A ascensão do grande governo

"Não há libertários em pandemias", disse Meghan McCain recentemente.

Se isso é bom ou não, está em debate — mas bom ou ruim, há muitas razões para acreditar que a frase exprima a verdade. Em todo o mundo, as pessoas tem abraçado a ideia de um governo forte desde que o COVID-19 começou a se espalhar.

Políticas socialistas estão sendo implementadas em todo o mundo, mesmo em países liderados por líderes conservadores e liberais. O governo dos EUA planeja gastar US $ 1 trilhão contra o COVID-19, Boris Johnson, do Reino Unido, disse que não há teto para os gastos na guerra contra o coronavírus.

O grande governo está voltando, em alguns lugares, de maneiras extremas.

O governo israelense começou a usar os dados de localização do telefone celular de seu povo para identificar todos que entraram em contato com um paciente infectado. Se você já esteve perto deles, receberá um texto dizendo para se colocar em quarentena imediatamente.

McCain estava sendo hiperbólico, é claro. Ainda existem libertários — mas suas vozes estão sendo silenciadas. E mesmo que a ideia de um governo menos intruso volte à moda quando isso acabar, é provável que algumas leis polêmicas sejam aprovadas, leis que antes do COVID-19 nunca teriam passado nas assembleias do mundo livre.


5 - Votação por correio

Em 15 de abril, com uma pandemia devastando seu país, o povo da Coréia do Sul terá que sair da quarentena para votar na eleição de 2020.

Vai ser um problema enorme — e o país realmente não teve tempo de reagir. Até agora, a solução coreana é questionável. O governo exigirá que os eleitores usem máscaras e luvas descartáveis ​​e vai verificar a temperatura de todos antes de permitir que entrem nos lugares de votação. Podemos contar que a participação dos eleitores será mínima, o que dará o alerta para o resto do mundo.

Isso afetará especialmente os Estados Unidos, onde as primárias já estão em andamento e uma eleição federal está prevista para novembro. Os americanos terão que mudar suas regras de votação este ano — e podemos esperar que essas mudanças serão permanentes.

2 em cada 3 americanos já dizem estar preocupados em votar pessoalmente, e alguns já defendem mudanças no sistema eleitoral. Os democratas do Texas entraram com uma ação pelo direito de votar pelo correio, enquanto que outros estados estão incentivando as pessoas a enviar seus votos exclusivamente por correio.


4 — A falência de pequenas empresas

Muitas empresas estão sendo atingidas com força no momento, mas ninguém tão duramente quanto bares e restaurantes e empresas ligadas ao entretenimento.

Brasil, França, Espanha, Itália, Alemanha e Reino Unido são apenas alguns países que fecharam todos os bares e restaurantes e, em países que não o exigiram, poucas pessoas estão optando por sair para se divertir.

Nos próximos meses, essas empresas e seus funcionários serão destituídos de qualquer fluxo de receita que não venha do governo. Muitos deles não serão capazes de sobreviver a isso.

A JP Morgan prevê que uma pequena empresa só poderá sobreviver apenas a 27 dias antes de falir.

Isso vai mudar a face do nosso mundo — porque, se é certo que muitos negócios locais irão falir, também é certo que as grandes empresas vão sobreviver.

Quando as pessoas tiverem vontade de voltar a comer e beber com os amigos, e quando os trabalhadores dessa indústria começarem a procurar trabalho novamente, as grandes redes ainda estarão lá. O McDonald's enfrentará a tempestade — e isso vai remodelar nosso mundo.

Atualmente, cerca de 50% dos americanos trabalham para pequenas empresas. Mas quando isso acabar, essa porcentagem provavelmente será bem menor.


3 — O fim da confiança na China

O coronavírus não poderia ter chegado em um momento pior para a China. Eles estavam no meio de uma ferrenha guerra comercial , e o COVID-19 tornou o cenário assustador para o gigante asiático.

Até agora, o mundo contava com a China como seu centro de fabricação. Eles fabricam 20% dos bens de consumo do mundo — mais do que qualquer outro país — e tem um papel ainda maior na indústria ligada à saúde. Para se ter uma ideia: 90% dos antibióticos americanos vem da China.

Mas, como a China ficou em quarentena e lutou para manter o ritmo, ficou cada vez mais claro o quão perigoso é confiar em um único local para abastecer o mundo.

O mundo está lutando com a falta de ventiladores e máscaras faciais, e simplesmente não é viável contar com a China para suprir essa falta, pois eles foram um dos países mais atingidos.

Vários países já estão começando a trazer a manufatura de volta para suas próprias fronteiras, enquanto que outros planejam em espalhar sua manufatura para vários lugares diferentes.

Não há escolha. Será preciso diversificar as praças manufatureiras, e isso vai prejudicar a China muito depois que a pandemia terminar.

2 — Assistência médica gratuita e universal

Após a gripe espanhola de 1918, países de todo o mundo, afirma a autora Laura Spinney, "adotaram o conceito de medicina socializada".

Foi um dos impactos duradouros da última grande pandemia global. As pessoas começaram a perceber que a saúde dos pobres afetava a todos e começaram as primeiras discussões que levariam ao atendimento universal de saúde.

Talvez esse seja o momento que levará o mundo a prover assistência médica gratuita para todos.

41% dos americanos já dizem que são mais propensos a apoiar o atendimento universal à saúde após a pandemia do COVID-19 e os políticos estão sendo pressionados a formularem planos para atender à saude de toda a população.


1 — Um novo levante político

O COVID-19 está afetando bastante nossa saúde — mas está afetando ainda mais nossa economia. De acordo com analistas do JP Morgan Chase: "Não há mais dúvida ... Pensamos agora que o choque COVID-19 produzirá uma recessão global".

Muita gente vai perder o emprego. Esse analista prevê que 400.000 americanos ficarão desempregados apenas nas próximas semanas. E antes que isso acabe, pode ser ainda pior. Outro analista acredita que, antes disso, 7,4 milhões de pessoas no setor de lazer e hotelaria estarão desempregadas.

Os pobres serão os mais atingidos. Embora os trabalhadores de escritório possam trabalhar remotamente em casa, serão principalmente os trabalhadores braçais que sofrerão com essa pandemia.

Todos aprenderão muito com essa experiência e, uma vez que saberem a verdadeira lição do COVID-19, as pessoas vão exigir mudanças. Especialistas já estão prevendo uma revolução; uma que a analista Cathy O'Neil descreveu como "Occupy Wall Street 2.0".


O COVID-19 vai nos colocar à prova — mas quando esse teste terminar, teremos uma melhor compreensão das falhas em nossas sociedades. E se tivermos sorte, poderemos trilhar por caminhos mais calmos.

Fonte: kidbentinho.com

Related

Saúde 8190431733783561573

Destaques da semana

Links indicados

item