Quem é o polêmico pregador acusado de exploração sexual
Celebridade na TV turca, defensor do criacionismo islâmico que aparecia cercado por mulheres seminuas e chamou Darwin de 'pai do terrori...

https://www.diariosobralense.com/2018/07/quem-e-o-polemico-pregador-acusado-de.html
Celebridade na TV turca, defensor do criacionismo islâmico que aparecia cercado por mulheres seminuas e chamou Darwin de 'pai do terrorismo' foi preso, acusado de crime organizado, fraude e exploração sexual.
Os dias de extravagância na vida de Adnan Oktar podem ter ficado para trás.
Bastante famoso em seu país, a Turquia, o famoso pregador televisivo, que aparecia sempre ostentando joias e marcas de luxo, foi preso, acusado de crime organizado, fraude e exploração sexual.
A operação policial que levou à prisão de Oktar e mais 234 pessoas envolveu cinco províncias na Turquia e contou com buscas em várias de suas propriedades, segundo a agência turca de notícias Anadolu.
Esta não é a primeira vez em que esse personagem controverso tem problemas com a Justiça. Em 1999, foi acusado de intimidação e de criação de uma organização criminosa - foi detido, mas liberado mais tarde.
Oktar despontou para a fama nacional - e depois regional - na década de 1980, quando estabeleceu sua organização religiosa islâmica em Istambul e começou a acumular riqueza e influência.
Contra Darwin
Na Turquia, alguns o veem como um perigoso fanático religioso, outros, como um influente pensador.
No início de sua trajetória como líder de seita, Oktar era abertamente antissemita e negava que o Holocausto tivesse existido.
Além disso, defendia o criacionismo - a visão de que o mundo e a vida foram criados por uma entidade superior - e manifestava uma profunda aversão à teoria da evolução.
Em uma entrevista de 2010 à BBC, Oktar defende que Darwin - o pai da teoria da Evolução - teria inspirado ditadores e terroristas.
"Hitler, Mussolini, Stalin e muitos outros terroristas famosos, todos dizem claramente que estiveram sob a influência de Darwin (...) Sem Darwin, o terrorismo é quase impossível", disse ele à época.
Depois dos ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA, Oktar começou a se apresentar como ativista inter-religioso que defendia o diálogo e uma frente comum contra o terrorismo internacional.
Ele publicou vários livros sob o pseudônimo de Harun Yahya.
Nos últimos anos, Oktar inaugurou um canal de televisão, que usava como plataforma para promover suas crenças e sua interpretação bastante particular do Islã.
Durante suas transmissões, aparecia cercado por telas e mulheres seminuas.
Harém de 'gatinhas'
Um dos aspectos mais polêmicos do pregador religioso é o seu "exército" de seguidores - mulheres supermaquiadas e com roupas sensuais, descritas como seu harém de "gatinhas".
Ex-integrantes de sua organização contaram que a maioria dessas mulheres enfrenta lavagem cerebral, ameaças e chantagem - e que elas são escravizadas sexualmente.
Outras acusações dão conta de que a organização liderada por Oktar envia "devotos" para "caçar" possíveis jovens seguidores, principalmente em famílias abastadas.
As mulheres, uma vez recrutadas, perdem contato com suas famílias e nunca mais conversam com elas.
Quando testemunharam perante a polícia em 1999, algumas mulheres disseram que eram persuadidas a participar de sessões de sexo nas quais eram filmadas e/ou fotografadas. As imagens eram então usadas para chantageá-las caso tentassem sair do grupo.
Fonte: G1
Os dias de extravagância na vida de Adnan Oktar podem ter ficado para trás.
Bastante famoso em seu país, a Turquia, o famoso pregador televisivo, que aparecia sempre ostentando joias e marcas de luxo, foi preso, acusado de crime organizado, fraude e exploração sexual.
A operação policial que levou à prisão de Oktar e mais 234 pessoas envolveu cinco províncias na Turquia e contou com buscas em várias de suas propriedades, segundo a agência turca de notícias Anadolu.
Esta não é a primeira vez em que esse personagem controverso tem problemas com a Justiça. Em 1999, foi acusado de intimidação e de criação de uma organização criminosa - foi detido, mas liberado mais tarde.
Oktar despontou para a fama nacional - e depois regional - na década de 1980, quando estabeleceu sua organização religiosa islâmica em Istambul e começou a acumular riqueza e influência.
Contra Darwin
Na Turquia, alguns o veem como um perigoso fanático religioso, outros, como um influente pensador.
No início de sua trajetória como líder de seita, Oktar era abertamente antissemita e negava que o Holocausto tivesse existido.
Além disso, defendia o criacionismo - a visão de que o mundo e a vida foram criados por uma entidade superior - e manifestava uma profunda aversão à teoria da evolução.
Em uma entrevista de 2010 à BBC, Oktar defende que Darwin - o pai da teoria da Evolução - teria inspirado ditadores e terroristas.
"Hitler, Mussolini, Stalin e muitos outros terroristas famosos, todos dizem claramente que estiveram sob a influência de Darwin (...) Sem Darwin, o terrorismo é quase impossível", disse ele à época.
Depois dos ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA, Oktar começou a se apresentar como ativista inter-religioso que defendia o diálogo e uma frente comum contra o terrorismo internacional.
Ele publicou vários livros sob o pseudônimo de Harun Yahya.
Nos últimos anos, Oktar inaugurou um canal de televisão, que usava como plataforma para promover suas crenças e sua interpretação bastante particular do Islã.
Durante suas transmissões, aparecia cercado por telas e mulheres seminuas.
Harém de 'gatinhas'
Um dos aspectos mais polêmicos do pregador religioso é o seu "exército" de seguidores - mulheres supermaquiadas e com roupas sensuais, descritas como seu harém de "gatinhas".
Ex-integrantes de sua organização contaram que a maioria dessas mulheres enfrenta lavagem cerebral, ameaças e chantagem - e que elas são escravizadas sexualmente.
Outras acusações dão conta de que a organização liderada por Oktar envia "devotos" para "caçar" possíveis jovens seguidores, principalmente em famílias abastadas.
As mulheres, uma vez recrutadas, perdem contato com suas famílias e nunca mais conversam com elas.
Quando testemunharam perante a polícia em 1999, algumas mulheres disseram que eram persuadidas a participar de sessões de sexo nas quais eram filmadas e/ou fotografadas. As imagens eram então usadas para chantageá-las caso tentassem sair do grupo.
Fonte: G1