'Não voto em nenhum candidato a presidente que está aí', diz Datena | Diário Sobralense News

'Não voto em nenhum candidato a presidente que está aí', diz Datena

Apresentador confirma pré-candidatura ao Senado em São Paulo e prega renovação na política Silvia Amorim, da Agência O Globo Pré-candi...

Apresentador confirma pré-candidatura ao Senado em São Paulo e prega renovação na política

Silvia Amorim, da Agência O Globo

Pré-candidato ao Senado por São Paulo, o apresentador José Luiz Datena (DEM) começou a corrida pela vaga com polêmica. Em entrevista ao GLOBO nesta quarta-feira ele afirmou que não considera capacitado para comandar o Brasil nenhum dos presidenciáveis apresentados para a disputa até o momento. Com um discurso voltado para a renovação da política, Datena afasta especulações de que poderá tentar voos mais altos nesta eleição se lançando a presidente.
— O próximo presidente, para terminar o mandato, vai ter que muito jogo de cintura e capacidade. Eu não me sinto na condição de ser gestor no momneto e nem vejo ninguém capacitado dos que estão aí. Não voto em nenhum deles — disse.
O DEM tem o deputado Rodrigo Maia como pré-candidato ao Planalto. A sigla, entretanto, caminha para apoiar um nome melhor posicionado nas pesquisas. Na semana passada, o próprio Maia afirmou que a legenda estaria mais próxima do pré-candidato do PSDB Geraldo Alckmin do que de Ciro Gomes (PDT).

Datena afirmou que não se sente obrigado a definir seu voto por uma decisão partidária. — Não é porque eu estou em coligação que sou obrigado a apoiar. Eu tenho as minhas opiniões. É o princípio do acordo inglês. Você tem que aceitar a parte boa a parte ruim num acordo. Eu sou a parte ruim. Se quiserem me aceitar como eu sou, tudo bem. Se não, retire minha candidatura.
A pré-candidatura do apresentador será lançada nesta quinta-feira em São Paulo. Ele fará parte da chapa do pré-candidato do PSDB ao governo de São Paulo, João Doria. O segundo nome para o Senado da chapa está indefinido. A expectativa do DEM é que Datena seja o candidato a senador mais votado da história de São Paulo. O recordista é o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) com 11 milhões de votos em 2010.
— Acho que ele tem todas as condições para ser o mais votado — afirmou nesta tarde o deputado e líder do DEM na Câmara, Rodrigo Garcia. A renovação na política é apontada pelo apresentador como a principal razão para se candidatar.
— É bem simples. Reforma política está na última escala de prioridade da classe política. Não vamos ter reforma política. Então como se renova a política? Tentando botar gente nova. Cada vez que um cara de bem se afasta da política, um canalha se aproxima ou fica nela. Partiu desse princípio minha decisão. Estou com vontade de fazer alguma coisa. Não tenho nenhum outro objetivo a não ser ajudar meu país. Do jeito que está a podridão da política não tem perspectiva.
Perguntado se não tem medo de fracassar como aconteceu com outros comunicadores que se elegeram para o Congresso, ele disse que já enfrentou o crime organizado e não teme o corporativismo político. — Eu fiz programa de polícia enfrentando o crime organizado a vida inteira. Eu não tenho medo de muita coisa. Tenho medo de barata. Não tenho preocupação em ser atropelado (politicamente) até porque minha vaidade é zero e tenho as minhas convicções.
Não é a primeira vez que Datena tenta entrar na política. Em 2016, ele se filiou ao PP para disputar a prefeitura de São Paulo, mas acabou desistindo antes. Desta vez, as negociações com o DEM se arrastaram por mais três meses. Ele se filiou ao partido em março e, desde então, vinha tratando com Rodrigo Maia a possibilidade de se lançar ao Senado. Ele chegou a ser testado em pesquisa como vice de Maia.
A entrada de Datena traz má notícias para alguns postulantes à vaga como a senadora Marta Supicy (PMDB), que ainda não é uma candidatura totalmente certa. Para o PSDB, que tinha a possibilidade de ter dois candidatos ao Senado em São Paulo, agora terá que arbitrar uma disputa interna para escolher somente um nome. No PT, os candidatos são o vereador Eduardo Suplicy e o ex-deputado Jilmar Tatto.

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